segunda-feira, 1 de junho de 2009

Poema sobre os direitos da criança

A criança,
Toda a criança,
Tem direito…

…A ser para o homem a
Razão primeira da sua luta.

E a criança nasce
E deve ter um nome

… A criança deverá receber
Amor,
Alimentação
Casa,
Cuidados médicos,
O amor sereno de mãe e pai.
Deverá rir,
Brincar,
Crescer,
Aprender a ser feliz…

…Mas há crianças que nascem diferentes
E tudo devemos fazer para que isto não aconteça.
Vamos dar a essas crianças um amor maior ainda.

Todos serão a sua família.
Nunca mais haverá uma criança só
Infância nunca será solidão.

E a criança vai aprender a crescer.
E vamos ajudá-la a descobrir-se a si própria
E aos outros.
Vai aprender a fraternidade,
E a fazer fraternidade
Isto chama-se educar:
Saber isto é aprender a ensinar.

Em situação de perigo
A criança, mais do que nunca,
Está sempre em primeiro lugar…
Será o sol que não se apaga
Com o nosso medo,
Com a nossa indiferença:
A criança apaga, por si só,
Medo e indiferença das nossas frontes…

A criança é um mundo
Precioso
Raro
Que ninguém a roube,
A negoceie,
A explore
Sob qualquer pretexto.
Que ninguém se aproveite
Do trabalho da criança
Para seu próprio proveito.
São livres e frágeis as suas mãos,

A criança deve ser respeitada
Em suma,
Na dignidade do seu nascer,
Do seu crescer,
Sado seu viver.
Quem amar verdadeiramente a criança
Não poder
Á deixar de ser fraterno:
Uma criança não conhece fronteiras,
Nem raças
Nem classes sociais:
Ela é o sinal mais vivo do amor,
Embora, por vezes, nos possa parecer cruel.
Frágil e forte, ao mesmo tempo,
Ela é sempre a mão da própria vida
Que se nos estende, nos segura
E nos diz:
Sê digno de viver!
Olha em frente!


Matilde Rosa Araújo