segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Amor Maiúsculo


Uma vez um homem, já com idade avançada, foi à clínica fazer um curativo a uma mão. Ele dizia estar apressado. O enfermeiro, com alguma curiosidade, perguntou:
-Porque está com tanta pressa?
-Bem… Tenho que ir tomar o pequeno-almoço com a minha mulher.
O enfermeiro estranhou e voltou a questionar o humilde senhor.
-A sua mulher não pode esperar ou simplesmente tomar o pequeno-almoço sozinha?
Foi nesse momento que o senhor informou que a sua mulher sofria de Alzheimer já num estádio avançado.
-Ela ainda o reconhece?
-Não. - respondeu ele – Já faz cinco anos que ela não me reconhece.
Então, perguntou o outro:
-Sendo assim, porque faz questão de tomar, todos os dias, o pequeno-almoço com a sua mulher?
-Ela não me reconhece, mas eu conheço-a muito bem!
Nesse instante, as lágrimas vieram aos olhos do enfermeiro. Ficara sensibilizado com as palavras do velho mas sábio senhor. Por momentos, pensou:” Este é que é um exemplo de um verdadeiro amor! “

Escrito, com muito sentimento, pela querida TaTiAnA!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Ler, ler, ler!

A felicidade exige valentia

«Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço que a minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e tornar-se um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus, cada manhã, o milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um 'não'.
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho? Guardo todas:
Um dia vou construir um castelo...»

Fernando Pessoa

terça-feira, 4 de agosto de 2009


Sudoku é um jogo de raciocínio e lógica. Apesar de ser bastante simples, é divertido e viciante. Basta completar cada linha, coluna e quadrado 3x3 com números de 1 a 9.
Visita http://sudoku.hex.com.br/jogar/ e diverte-te!


segunda-feira, 3 de agosto de 2009


O Velho Mago


Era uma vez um velho Mago, muito famoso.
Mago equivale a feiticeiro. Feiticeiro equivale a bruxo. No entanto, este não era dos maus, daqueles que transformam príncipes em sapos ou coisas assim. Durante toda a vida, dera-lhe mais para transformar sapos em príncipes ou coisas parecidas. Era um Mago bom.
Mas andava muito esquecido.
Ia para praticar uma magia, através de uma fórmula mágica e, a meio, tinha uma falha de memória:
- Galapim, topelim, balemeque... Ou será bumelaque?
O caso podia ser grave, porque qualquer pequena alteração das palavras mágicas transtornaria o resultado.
Em vez de fazer aparecer um príncipe, onde estava um sapo, fazia aparecer uma galinha.
Depois, a transformação da galinha em príncipe é que era um caso sério. Um processo muito mais complicado. Quase impossível.
À conta dos seus enganos, o velho Mago tinha a capoeira cheia.
- Esta minha cabeça já não funciona como dantes funcionava - queixava-se ele.
Ainda foi a um médico, que lhe receitou uns comprimidos para a desmemória, mas o Mago também se esquecia de tomar os comprimidos e tudo continuava na mesma.
E a capoeira cada vez mais cheia...
Um amigo, que foi visitá-lo, aconselhou-o:
- Larga o ofício de Mago e transforma-te em criador de aves. Tens aqui um rico aviário.
Pois tinha. Tanto que uma raposa descarada começou a rondar-lhe a capoeira.
Numa noite de luar, o mago pressentiu-a e, armado de umas palavras mágicas, que tiram o apetite às raposas, atirou-lhe ao focinho:
- Belico, sapetec, arlepic, pic, pic. Sofial! Jeropigue! Cavanica. Obstrúnfio.
A raposa fugiu, alarmada, e as galinhas agitaram-se na capoeira, numa desusada excitação. Sucedeu o que parecia quase impossível.
A capoeira ficou cheia, a abarrotar de príncipes, todos muito indignados por se encontrarem em lugar tão fora de propósito para tais Altezas.
Saíram os príncipes para os respectivos palácios, se é que os tinham, e o velho Mago, muito envergonhado, ficou a remoer mais este engano. Não acertava nem numa única fórmula. Que enervância!
E o mais grave é que também se tinha esquecido das palavras mágicas que, infalivelmente, transformam os sapos em galinhas.
Sem gemada para o lanche nem omeleta para o jantar, o Mago decidiu seguir o conselho do amigo. Comprou várias dúzias de pintainhos, meteu-os na capoeira vazia e esperou que crescessem.
Dá-lhes de comida migas de pão duro e sêmola. Não é nenhuma fórmula mágica, mas engorda.

História do Dia, de António Torrado

domingo, 2 de agosto de 2009

Francisco Ferreira escreveu:

«Ler é alimentar a minha liberdade de sonhar!»

Ler um livro pela primeira vez
é conhecer um novo amigo.

Ler um livro pela segunda vez
é encontrar um velho amigo!


(Ditado chinês)

sábado, 1 de agosto de 2009

sexta-feira, 31 de julho de 2009


Um livro


Um livro muito antigo,
Abriu-me as portas para o conhecimento.
Na minha opinião, era muito convencido...
Mas destacava-se entre os outros e era rabujento!

Tanta inteligência!...
Nunca eu vira!
De certa forma era bonito,
Mas tinha também uma certa mania!

Mania essa,
De ser superior!...
Ensinei-lhe umas coisinhas...
Abrindo portas para um maior esplendor!

De rabujento...
Passou a ser simpático.
Um amigo fiel,
E nada antipático!

A sua capa reluzente...
Ai!... Que beleza!
O seu título brilhando,
Com alguma nobreza.

Meu amigo ele ficou!
Conselhos não me faltaram...
Sortuda me chamaram,
E os garotos me gabaram!

Assim termina uma história,
De uma menina e um livrinho,
Que ainda o tem guardado,
Numa gavetinha, com carinho.


Poema da Tatiana

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Nice music!!


FUENTE DE LA RENIEGA (Lenda)

Diz a lenda que um peregrino havia partido de Toulose, na França, e se esforçava para chegar ao topo do monte Reniega. O sol causticante do mês de Agosto caía implacável sobre o seu corpo. A sede que tinha era quase insuportável, tinha momentos em que perdia a consciência e caía no chão. Ao levantar-se, lamentava a sua imprudência em não levar água consigo; quando estava a pensar, acercou-se dele um jovem, muito bem apessoado, que disse:
- Irmão, pelo teu rosto e pelo teu corpo cansado, acredito que queres beber água...
O peregrino respondeu:
- Sim, por favor, dai-me água, pois a sede está insuportável.
- Dar-te-ei água e comida durante toda a tua vida se negares a existência de Deus. Nunca voltarás a passar nem sede nem fome – falou o jovem.
- Negar a Deus?! Isso jamais! Saia do meu caminho – falou, indignado, o peregrino.
- Está bem – falou o jovem – é só negar a existência da Virgem Maria e concederei água e comida.
O peregrino, realizando um grande esforço, pois a sede impedia-o de falar com clareza, contestou:
- Afasta-te, demónio, do meu caminho.
Pela terceira vez, o jovem, que certamente era o demónio, insistiu:
- Nega o Apóstolo Santiago e eu concederei o teu desejo.
Desesperado, o peregrino já não discutia; começou a orar em voz alta, suplicando a Santiago que intercedesse por ele. Enquanto recitava sua oração, o peregrino viu como que uma nuvem sulfurosa a aparecer, envolvendo o demónio, que desapareceu. Logo atrás da mesma, apareceu uma fonte de água fresquíssima e transparente e ao seu lado o próprio Apóstolo Tiago, em forma de peregrino, que lhe mostrava a fonte e lhe dava de beber na sua Vieira.
Desde então, da fonte continuou a jorrar aquela água cristalina e fresca, para consolo de todos os peregrinos que, com os seus passos, muitas vezes trôpegos, conseguiram atingir aquele local no “Alto do Perdón”. O diabo, nada conseguindo daquele peregrino, teve de buscar outros lugares para tentar outros que se dirigiam a Santiago de Compostela.
A lenda ainda informa: todo aquele que beber daquela fonte terá a virtude de conservar os ânimos e saberá vencer a tentação de abandonar a missão que se propôs, ao empreender a sua peregrinação ao túmulo do Apóstolo Tiago.




O Rapaz que Comia Livros

sábado, 25 de julho de 2009

domingo, 19 de julho de 2009

Férias diferentes!

Era uma vez uma menina que morava na cidade do Porto. É uma bela cidade, sem dúvida! Um dia, em Julho, os seus pais entregaram-lhe uma carta da sua prima que morava no baixo Alentejo; como elas estavam de férias, a prima estava a convidá-la para ir passar uns dias consigo.
Sem hesitar, pediu aos pais que a deixassem ir.
Os pais autorizaram e, nesse mesmo instante, ela foi a correr fazer as malas:
-Vou levar o meu bikini; o meu protector solar; um chapéu de praia; tudo o que é preciso para a praia, mas também tenho que levar outros tipos de roupa para o caso de não estar bom tempo. Ah, já me ia esquecendo de dar a resposta à minha prima!
Depois de fazer as malas, a menina pegou no lápis, que estava dentro do estojo, e no papel que estava na capa e escreveu uma carta à prima, pois ela não tinha computador.

Ribeira, 19 de Julho de 2009

Cara prima,

Estou a escrever esta carta para te dizer que aceito o teu convite e que vou passar estas férias contigo, aí no sul.


Uma beijoca da tua prima!


P.S Por favor pede à tua mãe para fazer daqueles bolinhos de que eu tanto gosto.

Quando chegou ao Alentejo, depois daquela longa viagem de comboio, a prima já estava à sua espera na estação:
-Vamos – disse a sua prima – a minha mãe fez os bolinhos tal e qual como tu pediste! E depois podemos ir andar de bicicleta para o ribeiro e ver as senhoras já de idade a lavar a roupa.
-Mas isso é uma seca!... Podíamos era ir para a praia!...
-Nós aqui não temos praia!
-Como? Tu consegues aguentar um verão inteiro sem ir à praia?
-Sim, o verão não é só ir à praia, também se fazem outras coisas...
-Nós no norte passamos a maior parte do verão na praia. E computador?... Também não tens?
-Não, prima! Estás muito mal habituada... nós no verão descansamos.
-Que seca aqui… vocês não fazem nada de jeito, mas vamos para casa e depois logo se vê o que fazemos.
Foram para casa e lancharam…
Depois do lanche, as duas meninas foram visitar os arredores. Viram todos os lugares engraçados e paisagens muito belas. Mais tarde, foram até ao rio e tomaram uma bela banhoca.
Os dias passaram muito depressa. Todos os dias arranjavam coisas novas para fazer.
Foram dias muito divertidos, que as duas primas nunca mais esquecerão!

A Beatriz escreveu e a professora adaptou

terça-feira, 30 de junho de 2009

Palavras para quê?...

É bom descansar, depois da sensação do dever cumprido!
Boas férias!!

sábado, 27 de junho de 2009

Visita ao Oceanário do Porto


Uma agradável sugestão para um fim-de-semana!

Viva o Rei!

Amália, sempre!

sábado, 20 de junho de 2009

O Gigante que não queria ser Gigante

Era uma vez um gigante que vivia muito solitário pois não tinha ninguém com quem conversar; sempre que ia à aldeia, todos os habilitantes se refugiavam em suas casas. Farto da situação, o gigante decidiu:
-Vou à bruxa, que mora na floresta, para ver se ela me resolve a situação!
Dito e feito… Quando chegou à floresta, gritou pela bruxa e, num abrir e fechar de olhos, ela apareceu, vinda do nada!
-Porque é que estás aí a gritar feito um maluquinho?!
-Preciso que me ajudes… Todas as pessoas fogem de mim por eu ser assim tão… tão…tão gigante e estou farto de o ser; por isso peço-te que me ajudes a ficar um pouquinho mais pequeno...
A bruxa desapareceu sem dizer nada e, quando voltou, trazia uma espécie de frasco com ela:
-Aqui tens - diz a bruxa – esta poção faz com que tu fiques pequeno, mas tens que ter cuidado! Se tomares a poção em excesso poderás ficar mais pequeno do que uma agulha!
E lá foi o gigante, todo contente, pelos montes fora.
Um pouco antes de chegar à aldeia, o gigante bebeu a poção que a bruxa lhe tinha dado, golo a golo. O frasco ficou vazio e, por pura magia, o gigante passou de gigante a minorca.
Ao chegar à aldeia, todas as pessoas murmuravam:”Quem será? Nunca o tinha visto na minha vida!” E o gigante, todo feliz, lá ia todo contente com o seu novo aspecto!
O problema foi quando chegou a casa e não chegou à fechadura!!!

História recontada pela Beatriz


Eis uma versão diferente de António Torrado:

Era uma vez um gigante que não gostava de ser gigante.

- Chamo muito a atenção - queixava-se ele. - Para onde quer que vá, todos, de longe, apontam o dedo para mim “Lá vai o gigante!" E assustam-se. E abusam do meu nome e pessoa, metendo medo aos meninos: “Se não comes a sopa, chamo o gigante". E espalham disparates a meu respeito, dizendo que eu como gente, sou mau e outras calúnias que tais. Não aturo isto!
Pôs-se a andar de joelhos, a ver se não davam tanto por ele. Qual quê! Um gigante de joelhos, quer se queira quer não, é sempre um gigante, ainda que de joelhos. Deixou de aparecer. Fechou-se no seu palácio de gigante e nunca mais pôs um pé fora de casa.
Mas um gigante escondido, que de um momento para o outro pode aparecer, aterroriza ainda mais a vizinhança do que se andasse sempre na rua.
- Vou mudar de terra - decidiu o desgostado gigante.
Andou por vários reinos, sempre precedido pela sua fama:
- Vem aí o gigante - gritavam.
E todos fugiam.
Até que foi ter a uma terra de gigantes. De gigantões. Todos muito maiores do que ele. - Aqui é que me convém ficar a viver - disse o gigante. - Ninguém vai reparar em mim. Por acaso reparavam. Nessa terra, de gigantões matulões, chamavam ao gigante desta história de “pitorro", “badameco", “homenzinho", “pigmeu"... Mas ele, que tinha muito bom feitio, não se importava.



domingo, 14 de junho de 2009


Quinta das Lágrimas, 2008!
Visita inesquecível!



sábado, 13 de junho de 2009

Quadras a Santo António


Foi na noite dessa tua festa
que encontrei o meu grande amor,
sendo assim, apenas me resta
agradecer-te por este favor.


Eu casei-me na tua capela
Num dia bonito e de calor,
Levava um lenço na lapela.
O coração batia com fervor.


Entra na marcha e vem cantar,
No Santo António sê folgazão.
Lisboa vem para a rua dançar,
E comer sardinhas assadas no pão.


domingo, 7 de junho de 2009

CONCURSO: Continua a história...

Continua a história apresentada, escrevendo o desenvolvimento e a conclusão. Podes enviá-la por mail para a tua professora ou entregá-la pessoalmente, com a tua identificação. Haverá prémios para os três textos mais originais!

A cegueira do príncipe

Veio esta história de longe, da Índia, que é terra fértil em histórias de encantar.
Aí se conta de um príncipe, filho do poderoso marajá (que era um rei da Índia, de antigamente), aí se fala de um príncipe cego. Inexplicável doença roubara-lhe a luz dos olhos e nenhum sábio ou médico dos mais eminentes conseguia atinar com a cura do seu mal. O rei (o marajá) só vivia para o seu desgosto e toda a corte mergulhara, também, em grande tristeza.
Mas, um dia, apresentou-se no palácio um peregrino que disse:
- Sei do remédio que cura o príncipe.
O marajá chamou-o logo à sua presença:
- Diz-me o que precisas para livrar o meu filho da cegueira, que tudo se fará como tu ordenares.
- Preciso apenas de uma taça de cristal - respondeu o peregrino - e que Vossa Majestade me acompanhe numa viagem, através do reino...








Quadras de S. João



Na noite de S. João,
Quero saltar a fogueira,
Quero voar num balão
E voltar à Ribeira!


Ana Sofia Matos Silva


Na noite de S. João
Há sardinhas assadas,
Nós lançamos um balão
E levamos marteladas!


Bruno Jorge Cancela


O S. João está a chegar,
Quero lançar um balão,
Os foguetes atirar
E dançar até mais não!


João Pedro Santos


Ai meu rico S. João,
Vou aqui c’um manjerico,
Empresta-me um balão,
Pra dançar no bailarico!


Cassandra Andrade


Comigo vem à rua,
Ó meu rico S. João,
Que esta noite linda é tua,
E traz-me cá um balão!


Rute Ramos

S. João, seu brincalhão,
Anda comer sardinhas,
Anda brincar c’um balão,
Vem dançar com as meninas.

Cláudia Moreira


- Ó meu rico S. João,
Que tens tu para me dar?
- Tenho um rico balão
Para contigo bailar!


Ana Rita Norinho


Na noite de S. João
Vai toda a gente pra rua,
Há tanta diversão,
Há foguetes até à lua!

Inês Cunha


Ó meu rico S. João,
Anda dançar pra rua,
Anda lançar um balão,
Porque esta noite é tua!

António Luís






quinta-feira, 4 de junho de 2009

Livros digitais! Sempre a ler!

Clica no título e terás acesso a uma espantosa colecção que te vai surpreender e divertir!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Poema sobre os direitos da criança

A criança,
Toda a criança,
Tem direito…

…A ser para o homem a
Razão primeira da sua luta.

E a criança nasce
E deve ter um nome

… A criança deverá receber
Amor,
Alimentação
Casa,
Cuidados médicos,
O amor sereno de mãe e pai.
Deverá rir,
Brincar,
Crescer,
Aprender a ser feliz…

…Mas há crianças que nascem diferentes
E tudo devemos fazer para que isto não aconteça.
Vamos dar a essas crianças um amor maior ainda.

Todos serão a sua família.
Nunca mais haverá uma criança só
Infância nunca será solidão.

E a criança vai aprender a crescer.
E vamos ajudá-la a descobrir-se a si própria
E aos outros.
Vai aprender a fraternidade,
E a fazer fraternidade
Isto chama-se educar:
Saber isto é aprender a ensinar.

Em situação de perigo
A criança, mais do que nunca,
Está sempre em primeiro lugar…
Será o sol que não se apaga
Com o nosso medo,
Com a nossa indiferença:
A criança apaga, por si só,
Medo e indiferença das nossas frontes…

A criança é um mundo
Precioso
Raro
Que ninguém a roube,
A negoceie,
A explore
Sob qualquer pretexto.
Que ninguém se aproveite
Do trabalho da criança
Para seu próprio proveito.
São livres e frágeis as suas mãos,

A criança deve ser respeitada
Em suma,
Na dignidade do seu nascer,
Do seu crescer,
Sado seu viver.
Quem amar verdadeiramente a criança
Não poder
Á deixar de ser fraterno:
Uma criança não conhece fronteiras,
Nem raças
Nem classes sociais:
Ela é o sinal mais vivo do amor,
Embora, por vezes, nos possa parecer cruel.
Frágil e forte, ao mesmo tempo,
Ela é sempre a mão da própria vida
Que se nos estende, nos segura
E nos diz:
Sê digno de viver!
Olha em frente!


Matilde Rosa Araújo
O 5º B, em Guimarães, berço da nacionalidade!

sábado, 30 de maio de 2009


Venham divertir-se!

segunda-feira, 25 de maio de 2009



“Mágico fruto este

que nos envolve na sua aura misteriosa e sedutora,

no seu manto de rubras carícias.”


Maria João Fernandes

domingo, 24 de maio de 2009

Outra ilusão? A minha filha, a Ana, parece estar a ser pintada nesta enorme tela. Mas não!!!
Adivinhem lá como foi este efeito conseguido!

A magia das ilusões de óptica...
OS TRÊS CONSELHOS (Conto Tradicional Português)

Um rapaz pobre tinha casado e, para arranjar a sua vida, logo ao fim do primeiro ano teve de ir servir uns patrões muito longe. Ele era bom homem e pediu ao amo que lhe fosse guardando na mão o dinheiro das soldadas. Ao fim de uns quatro anos já tinha um par de moedas, que lhe chegava para comprar um eidico, e quis voltar para casa. O patrão disse-lhe:
– Qual queres, três bons conselhos que te hão-de servir para toda a vida, ou o teu dinheiro?
– O dinheiro é sangue, como diz o outro.
– Mas podem roubar-to pelo caminho e matarem-te.
– Pois então venham de lá os conselhos.
Disse-lhe o patrão:
– O primeiro conselho que te dou é que nunca te metas por atalho, podendo andar pela estrada real.
– Cá me fica para meu governo.
– O segundo, é que nunca pernoites em casa de homem velho casado com mulher nova. Agora, o terceiro vem a ser: nunca te decidas pelas primeiras aparências.
O rapaz guardou na memória os três conselhos, que representavam todas as suas soldadas; quando se ia embora, a dona da casa deu-lhe um bolo para o caminho, se tivesse fome; mas pensou que era melhor comê-lo em casa, com a mulher, quando lá chegasse. Partiu o homenzinho do Senhor e encontrou-se na estrada com uns almocreves que levavam uns machos com fazendas; foram-se acompanhando e contando a sua vida e, chegando lá a um ponto da estrada, disse um almocreve que cortava ali por uns atalhos, porque poupava meia hora de caminho. O rapaz foi batendo pela estrada real e, quando ia chegando a um povoado, viu vir o almocreve todo esbaforido, sem os machos; tinham-no roubado e espancado na quelha. Disse o moço:
– Já me valeu o primeiro conselho.
Seguiu o seu caminho e chegou, já de noite, a uma venda, onde foi beber uma pinga, e onde tencionava pernoitar; mas, quando viu o taverneiro, já homem entrado, e a mulher, ainda frescalhuda, pagou e foi andando sempre. Quando chegou à vila, ia lá um reboliço; era a Justiça que andava em busca de um assassino que tinha fugido com a mulher do taverneiro, que fora morto naquela noite. Disse o rapaz lá consigo:
– Bem empregado dinheiro o que me levou o patrão por este conselho.
E picou o passo, para ainda naquele dia chegar a casa. E lá chegou; quando se ia aproximando da porta, viu, dentro de casa, um homem, sentado ao lume com a sua mulher! A sua primeira ideia foi matar ambos logo ali . Lembrou-se do terceiro conselho e curtiu consigo a sua dor; entrou muito fresco pela porta dentro. A mulher veio abraçá-lo e disse:
– Aqui está meu irmão, que chegou hoje mesmo do Brasil. Que dia! E tu também, ao fim de quatro anos!
Abraçaram-se todos, muito contentes, e quando foi a ceia para a mesa, o marido vai a partir o bolo e aparece-lhe dentro todo o dinheiro das suas soldadas. E por isso diz o outro, ainda há quem faça bem.

Teófilo Braga, Contos Tradicionais do Povo Português, 1883

quinta-feira, 21 de maio de 2009


Outro desafio:




Conhecem, com certeza, muitos provérbios, especialmente aqueles presentes nas muitas fábulas que já leram. Pois bem, encontram aqui cinco provérbios incompletos! Vamos ver quem consegue completar alguns ou, de preferência, todos!

De livro fechado...
A leitura encanta os felizes e...
Assim como, ao colhermos rosas, temos o cuidado de evitar os espinhos...
Quanto na mocidade se aprende...
Burro velho não toma andadura..

Resposta da Tatiana, do 6º B:



«No final de contas, a preguiça só subia 1 metro por dia, mas, ao 8.º dia, ela, ao subir os 3 metros, atingiu o topo.
Agora, se ela escorregava 2 metros, o problema era dela, mas atingiu, sem qualquer dúvida, o poste!»
Parabéns pelo raciocínio!

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Neste dia, de Prova de Aferição de Matemática, vejamos um VERDADEIRO problema para os meus alunos:

A Preguiça sobe o poste

Um bicho-preguiça quer atingir o topo de um poste com 10 metros de altura. Durante o dia, ela sobe 3 metros e à noite escorrega 2 metros. Em quantos dias atingirá o topo do poste ?

Enviem a resposta para os comentários.
Haverá prémios para as duas primeiras respostas correctas!

segunda-feira, 18 de maio de 2009

sábado, 16 de maio de 2009

As Flores dão cor à Primavera!
Os Amigos dão cor à Vida!

quinta-feira, 14 de maio de 2009

Lenda de Timor

Há muito, muito tempo, em Massacar, na ilha dos célebres, vivia um crocodilo. Velho, sem velocidade para apanhar os peixes da ribeira, não teve outro recurso senão tentar a aventura em terras adentro, para tentar caçar cão ou porco que lhe saciasse a fome. Andou, andou e nada conseguiu apanhar para comer.
Resolveu regressar, mas o caminho era longo e o sol era quente. Esgotado, o crocodilo sentiu-se cansado e que as forças lhe faltavam e que, mais passo menos passo, ficaria ali como uma pedra. Mas o imprevisto fez que lhe passasse mesmo à mão e a tempo um rapaz. O moço, comovido, ajudou-o a arrastar-se até à ribeira. O crocodilo ficou-lhe gratíssimo, oferecendo-se para, a partir daquele dia, o levar às costas, pelas águas dos rios e do mar.
Certo dia, angustiado pela fome e sem conseguir caçar, decidiu que comeria o rapaz. Porém, para alívio da consciência, consultou primeiro os outros animais sobre se devia ou não comê-lo. Desde a baleia ao macaco, todos ralharam muito com ele, acusando-o de ser ingrato. Inclinando-se perante a opinião geral, e no receio de que a sua presença passasse, de futuro, a ser mal tolerada, o crocodilo dispôs-se a partir para o mar e levar consigo o dedicado rapaz, por quem, vencida a tentação, sentia amizade quase paternal.
Foi assim que convidou o rapaz a pular-lhe para as costas. Fazendo-se, então, ao mar, nadou, onda após onda, em busca das terras onde nasce o sol, convencido de que lá havia de encontrar ouro. Porém, quando, já cansado de nadar, pensou em dar meia volta e regressar às terras de origem, começou a sentir que o corpo paralisava e se transformava rapidamente em pedra e terra, crescendo, crescendo, até atingir as dimensões de uma ilha. Então, o rapaz caminhou sobre o lombo desta ilha, rodeou-a com o olhar e chamou-a de Timor que, em língua malaia, quer dizer Oriente.
BIBLIOTECA DIGITAL MUNDIAL

Ver em: http://www.wdl.org/pt/

Manuscritos, mapas, livros raros, pautas musicais, gravações de áudio e vídeo, fotografias, pinturas e desenhos. Toda essa documentação e muito mais, em sete idiomas, incluindo a língua portuguesa, pode ser consultada 24h por dia na
'World Digital Library' , criada recentemente pela UNESCO . A Biblioteca Digital Mundial - uma iniciativa da Unesco e da Biblioteca do Congresso dos EUA - já tem catalogados 1.170 itens relacionados com todos os continentes.
Vão estar disponíveis online documentos preciosos, tais como manuscritos árabes, as primeiras fotografias da América Latina, o Codex Gigas ou a Bíblia do Diabo, nada mais nada menos do que o maior manuscrito medieval do mundo, pertencente à Biblioteca da Suécia.
A documentação está disponível em português, espanhol, francês, inglês, árabe, chinês e russo. O projecto avançou com a participação de 32 bibliotecas e arquivos. Da Europa, participam apenas a França, Suécia, Sérvia e Eslovénia.
A 'World Digital Library', lançada recentemente na sede da Unesco em Paris, é a terceira maior biblioteca digital, atrás do Google Book Search e da European.
Um site muito giro, para os meninos do 5º B e 6º B visitarem!

http://www.castelodosaprendizes.com/

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Mãe,

Que ao dar a bênção da vida,
Entregou a sua...
Que ao lutar por seus filhos,
Esqueceu-se de si mesma...
Que ao desejar o sucesso deles,
Abandonou os seus anseios...
Que ao vibrar com as suas vitórias,
Esqueceu o seu próprio mérito...
Que ao receber injustiças,
Respondeu com o seu amor...
E que, ao relembrar o passado,
Só tem um pedido:
DEUS,
PROTEJA MEUS FILHOS,
POR TODA A VIDA!

Autor desconhecido

Para ti, mãe,
Todo o meu amor...

Feliz Dia!
Todos os dias!

sexta-feira, 1 de maio de 2009

NiNi Is DaNcInG!

Dia do Trabalhador


Em 1886, realizou-se uma manifestação de trabalhadores, nos Estados Unidos da América, reivindicando a redução para 8 horas diárias do dia de trabalho. Nesse dia teve início uma greve geral. No dia 3 de Maio houve um pequeno levantamento que acabou com uma escaramuça com a polícia e com a morte de alguns manifestantes. No dia seguinte, uma nova manifestação foi organizada. A polícia abriu fogo sobre a multidão, matando doze pessoas e ferindo dezenas. Estes acontecimentos passaram a ser conhecidos como a Revolta de Haymarket.
Três anos mais tarde, a segunda Internacional Socialista decidiu convocar anualmente uma manifestação, com o objectivo de lutar pelas 8 horas de trabalho diário. A data escolhida foi o 1º de Maio, como homenagem às lutas sindicais de Chicago.
Em Portugal, só a partir de Maio de 1974 (o ano da revolução do 25 de Abril) é que se voltou a comemorar livremente o Primeiro de Maio e este passou a ser feriado. O Dia Mundial dos Trabalhadores é comemorado por todo o país, sobretudo com manifestações, comícios e festas de carácter reivindicativo.

segunda-feira, 20 de abril de 2009

Amiguinhos, todos temos um nome próprio, escolhido por alguma razão especial. Mas, já pensaram no significado do vosso nome?

Eis alguns significados atribuídos aos nomes dos alunos do 5º B:

Ana: Significa "cheia de graça" e a criança é muito segura, graças à sua boa organização mental. Fará boas escolhas nos estudos, na profissão e no amor.
Andreia: Significa forte, viril e predispõe à coragem, à lealdade e à fidelidade.
António: Provavelmente de origem etrusca, o seu significado perdeu-se no tempo.
Bruno: Significa moreno, escuro e indica uma pessoa calma e diplomática, que consegue tudo o que deseja pela capacidade de convencer.
Cláudia: Indica uma pessoa que, graças ao seu caráter arrebatador e audacioso, consegue dirigir as suas energias de modo a atingir os seus objectivos.
Cristina: Significa "escolhida por Deus" e indica uma pessoa positiva, optimista e organizada.
Daniel: O importante é estar em paz com a própria consciência e com os seus princípios morais. Tem uma intuição muito grande e sabe usá-la. Do hebraico, "Deus é meu juiz".
Eduardo: Significa "guarda das riquezas" e indica uma pessoa talentosa e dinâmica, que se realiza em trabalhos que a estimulem a pensar, pesquisar e aprender mais. Quem tem esse nome é também muito comunicativo.
Filipe: "Aquele que gosta de cavalos".
João: Pessoa com forte espírito de liderança. Impulsivo, às vezes é mal interpretado, mas os seus actos visam sempre o benefício da maioria, pois possui nobreza de carácter.
Inês: Naturalmente calma e ponderada, os seus modos indicam certa timidez. Quando gosta de uma pessoa, torna-se amiga fiel para toda a vida.
Pedro: Significa "pedra" e indica uma pessoa simples, mas que busca a realização intelectual e espiritual.
Rui: Do alemão, "forma apocopada de Rodrigo".
Rute: Hebraico, significa "no auge da beleza". Prática, prefere encarar todos os problemas assim que eles aparecem.
Sofia: Do grego, significa "sabedoria". Apesar de ser um pouco dispersiva, consegue resolver adequadamente os seus problemas.
Sónia: Do russo, Sonja, significa sábia. Simboliza o respeito por valores éticos e morais.

E já agora, por curiosidade, Floripes tem origem no Latim e significa "agradável, alegre, amável". De certeza que é uma pessoa muito paciente, para "aturar" os alunos!!!



domingo, 19 de abril de 2009


Adivinha - Para pensar um pouco...


Uma meia meia feita,
outra meia por fazer;
diga-me lá, ó menina,
quantas meias vêm a ser?

sábado, 18 de abril de 2009

Amigos leitores:

Já podem, se bem o entenderem, comentar os trabalhos aqui expostos.

Pudesse Eu

Pudesse eu
não ter laços nem limites
Ó vida
de mil faces transbordantes

Para poder responder aos teus convites
Suspensos na surpresa dos instantes!

Sophia de Mello Breyner

sexta-feira, 17 de abril de 2009

O desastre!!!

- Triiiiiiiiiiiiim!
- Maldito despertador!!! Raios! - disse, com ar de poucos amigos.
Dei um murro no despertador, para ver se ele parava. E resultou!
Só que, quando olhei para ele, parecia uma bolacha!!!
Estava a sair, para comprar o meu décimo terceiro despertador, quando olho para a minha horta e fico estupefacto:
- Não! As minhas batatinhas! - gaguejei.
Peguei numa ó calhas e fiquei boquiaberto:
- Por que é que esta batata parece que veio da guerra? - gritei, já a fumegar.
Desisti logo da ideia de ir comprar outro despertador. Fui para a arrecadação e, sem demoras, peguei na sachola e calcei as galochas. De seguida, dirigi-me para a cozinha, peguei numa panela e coloquei-a na cabeça.
Parecia um militar: o capacete era a panela, a arma a sachola…
As galochas eram só para não me sujar, dado que ia para a horta.
Iniciou-se, então, a perseguição ao “ Furador de Batatas”.
Com muito suor, consegui apanhá-lo; levei-o para a cozinha, olhei para ele e logo percebi que se tratava de um escaravelho da batata. Castiguei-o com o pior castigo de todos. Não o mandei para a prisão, nem o estrangulei, foi muito pior: obriguei-o a comer a temível “Sopa de Nabos”.


João, 5º B

quinta-feira, 16 de abril de 2009




Morango, moranguinho,
que cresces no meu quintal,
com um sabor divino,
debaixo do meu laranjal;

Morango,
que nasces verde
e ao longo da tua vida
vais amadurecendo,

a tua cor fica cada vez mais bela até alcançar o vermelho vivo
que te alegra;

Morango,
és como todos os outros frutos
que nascem de uma pequena flor;
desengane-se quem pense
que nasce de uma grande árvore;

este apetitoso fruto
nasce de uma simples silva,
pegadinha ao solo;

Morango,
é uma regalia enorme
desfrutar do teu autêntico sabor!

És tão docinho!...
A tua crista verde lembra a coroa de um rei.
Afinal, és o rei de todos os frutos!

Tatiana Oliveira
O Morango

O morango é um fruto muito vermelhinho e saboroso.
O seu sumo é delicioso e muito agradável.
O morango não é como a castanha, que anda cheia de roupa para se agasalhar do frio do Inverno.
É um fruto que não tem roupa, anda de biquíni, por causa do calor do Verão. De tanto brincar na praia, ainda tem os grãozinhos de areia no corpo...
Inês


A Lenda de Floripes

No sítio do Moinho do Sobrado, havia, antigamente, uma casa onde aparecia à janela, noite fora, uma formosa mulher vestida de branco.
O único que se atrevia a andar por aquelas bandas à noite era um sujeito de meia idade - o compadre Zé - que se embriagava e adormecia na rua, sem receio.
A mulher de branco aproximava-se do bêbado, fazia-lhe meiguices e até se sentava a seu lado.
O compadre Zé contava a sua história, sem convencer ninguém a deslocar-se ao local, para a comprovar. No entanto, o compadre Zé tinha um amigo mais jovem, que se iria casar brevemente. Aproveitando-se do evento, promete ao amigo oferecer-lhe um terreno como prenda de casamento, caso ele tivesse a coragem de o acompanhar a ver o fantasma.
Este, transido de medo, lá foi à aventura, atendendo ao grande jeito que lhe fazia a prenda.
Sentou-se numa pedra, junto ao Moinho do Sobrado, e esperou pelas doze badaladas. Nesse momento, surge da porta do Moinho uma mulher vestida de branco até aos pés. O vestido terminava numa bainha esfarrapada, a cobrir-lhe os pés descalços. A mulher aproximou-se, com a face envolta num véu e uma flor nos cabelos loiros.
Julião, assim se chamava o amigo do compadre Zé, pergunta-lhe quem era e donde vinha.
- Sou a desditosa Floripes - respondeu, numa expressão triste.
- O que faz por aqui?
- Sou uma moura encantada. Quando a minha raça foi expulsa da província, viu-se o meu pai obrigado a partir, sem poder prevenir-me. Eu tinha um namorado que também fugiu e aqui fiquei sozinha, à espera, a cada momento, que o meu pai me viesse buscar. Numa noite em que esperava, vi, ao longe, a luz de uma embarcação. A noite era de tormenta e o barco escangalhou-se de encontro aos rochedos. Não era o meu pai que ali vinha: era o meu namorado, que foi engolido pelas ondas. Soube o meu pai deste funesto acontecimento e, vendo que não lhe era possível vir buscar-me, encantou-me de lá.
Julião, penalizado com a triste história, logo pensou em oferecer-se para salvar a moura e perguntou:
— Existe algum meio de a salvar?
— Há, sim - respondeu a moura.
— Que meio?
— É necessário que um homem me dê um abraço, à beira de um rio, e me fira no braço contíguo ao coração. Logo que tal aconteça, irei de imediato para junto dos meus familiares. Mas existe uma dificuldade.
— Que dificuldade? - perguntou Julião, quase resolvido a ser o seu libertador.
— O homem que me abraçar e me ferir terá de me acompanhar até África, atravessar o oceano com duas velas acesas e casar comigo à chegada.
— Isso é que eu não poderei fazer. Já tenho casamento marcado com a minha Aninhas.
— Então, continuarei novamente encantada – respondeu a moura, soluçando – Até agora, ninguém se atreveu a tanto sacrifício!
A moura continuou o seu encantamento durante muito tempo, ainda, sentada no cais, com os pés na água, esperando o seu pai voltar de África. Era, por vezes, vista no cais, sempre de noite, a conversar com um menino de olhos grandes e com gorro encarnado. Seria o menino algum mouro que ali também ficou encantado? Ninguém sabe responder...
Alguns olhanenses mais antigos acreditavam tanto nesta lenda que diziam que a Floripes era vista também durante o dia a fazer compras em lojas, onde pagava com uma moeda de ouro e sempre desaparecia sem receber o troco. Ainda hoje, quando alguém, por qualquer razão, não recebe o troco, se diz "És como a Floripes, não queres a torna!".
A Floripes foi também a personificação do medo do transcendente. Quando se quer acautelar alguém, ainda se diz "Vê lá se te aparece a Floripes!".
O Dr. José Barbosa conta no seu livro (Barbosa, 1993) esta história curiosa, ocorrida durante a Primeira Guerra Mundial: numa trincheira da Flandres, defendida por soldados portugueses, numa noite invernosa, dois olhanenses, que estavam de sentinela, viram surgir da neve um vulto branco de mulher. O pavor de estarem a ver a Floripes paralisou-lhes, por momentos, a capacidade de premirem o gatilho! Foram os momentos necessários para compreenderem que o vulto também não seria um soldado inimigo. E foi assim que a Floripes salvou a vida a uma mulher belga, que fugia do lado alemão!
Talvez este salvamento tivesse desencantado, finalmente, a Floripes, pois há muito tempo a moura deixou de aparecer. Terá regressado finalmente à sua terra?
Uma nota final: Miguel Gonçalves Mendes realizou em 2007 o filme Floripes, já editado em vídeo, cujo trailer pode ser visto no site da produtora
Jumpcut.
António Paula Brito

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Cores

O amarelo significa alegria
O verde significa esperança
O vermelho representa
O amor que sinto por ti!
O azul significa o céu,
O céu que eu conquistei
Com o teu olhar,
Pelo qual me apaixonei!

Miguel, 6º B
Avó!

Querida avó,
Que tanto admiro!
É em ti, nos momentos difíceis,
Que busco a plenitude!
Pensar no teu doce sorriso
E nas tuas palavras,
É tão bom e reconfortante!
Ensina-me a ser como tu!
A ser generosa, amiga e apaixonada pela vida!...
Oh, avó!... Como é lindo ouvir-te dizer:
«Cada ruga, um fio de ouro!»
Pede a Deus que te dê muito desse ouro,
Ouro que ninguém quer!
Que boa a tua companhia,
Que alegre vida sabes levar!
Ensina-me, avó, a ser como tu!

Tatiana, 6º B
CANÇÃO PARA ULISSES

Já foste a Tróia
para combater
contra os troianos
e com amor vencer!

A princesa Helena
vais resgatar
e dos troianos
te vais vingar.

A caminho de Ítaca,
enfrentando o mar,
contra tempestades
para lá chegar.

Os teus marinheiros
por porcos vão passar;
Circe transformou-os,
mas tu os irás salvar!

Também pelas sereias
vais ter que passar,
sendo atraído
para o fundo do mar...

E, por fim,
a Ítaca chegaste,
vingando-te dos homens
que sempre odiaste.

Valente e corajoso
sempre vais ser,
lembrando as aventuras
que adoras viver!

Flávia, Beatriz e Zé Pedro, 6º B

terça-feira, 24 de março de 2009

Dia do Estudante 24 de Março

O dia 24 de Março foi instituído, em 1987, pela Assembleia da República, como o Dia do Estudante.
A origem desta efeméride deve-se à crise académica de 1962, quando os estudantes lutaram e sofreram para que pudessem participar em manifestações públicas e fazer as suas reivindicações com liberdade. Esta data pretende ser uma homenagem a estes estudantes que lutaram pela democracia e para que todos pudessem ser livres para se expressarem e fazerem valer os seus direitos. É uma justa homenagem a uma GERAÇÃO que tinha valores importantes!
E neste dia tão memorável, não podia deixar de lembrar todos os meus alunos, que tanto têm contribuído para tornar o meu dia-a-dia tão proveitoso!
«U» de...

U é de urso,
Urso feroz e assustador.
Sempre que o vejo,
Fico com um grande temor.

Tento enfrentá-lo.
Vejo que é impossível.
Por favor, acudam!
Este urso é temível!

Sinto-me aterrorizada,
Quero sair daquele “inferno”.
Corro, corro, corro...
Sinto um medo interno.

O urso persegue-me.
Ai! O que será de mim?
Tento escapar às garras do urso,
Mas perco-me, enfim...

Fiquei perdida!
Mas o urso não encontrei.
Que bom!
Que contente eu fiquei!

De repente,
O temível urso apareceu.
Pernas para que vos quero?
Fugi até ao liceu.

No liceu, ele me encontrou.
Fiquei assustada.
Os estudantes estavam assustados.
Estava a minha vida acabada.

O urso agarrara-me.
Via-se que ele não tinha dó de mim.
No momento em que me ia devorar...
Saltei, acordei... e caí em mim!


Tatiana e Telma, 6º B


Cores dos sentimentos

De que cor é a tristeza?

É cinzenta, porque deixa a alegria e a força de viver num canto, sem as pessoas poderem desfrutar delas;
De que cor é o amor?
É vermelho, porque transmite paixão;
De que cor é a raiva?

É negra, porque nela não existe cor, não existe vida;
De que cor é a amizade?

É amarela, cor do Sol, que nos dá a vida;
De que cor é a esperança?

É verde, para termos esperança que algo de bom aconteça; é o desabrochar de uma planta!
De que cor é a paz?

É branca, porque é uma cor viva, que nos afasta de guerras e maus pensamentos;
De que cor é a vida?

A vida é de todas as cores: amarela, azul, laranja, roxa...
A vida é um arco-íris!
Afinal, há cores para tudo, mas a vida engloba todas as cores!

TaTiAnA, 6º B

quinta-feira, 19 de março de 2009

Uma linda história, que nos faz pensar...

A pedra no caminho

Conta-se a lenda de um rei que viveu há muitos anos num país para lá dos mares. Era muito sábio e não poupava esforços para inculcar bons hábitos nos seus súbditos. Frequentemente, fazia coisas que pareciam estranhas e inúteis; mas tudo se destinava a ensinar o povo a ser trabalhador e prudente.
— Nada de bom pode vir a uma nação — dizia ele — cujo povo reclama e espera que outros resolvam os seus problemas. Deus concede os seus dons a quem trata dos problemas por conta própria.
Uma noite, enquanto todos dormiam, pôs uma enorme pedra na estrada que passava pelo palácio. Depois, foi esconder-se atrás de uma cerca e esperou para ver o que acontecia.
Primeiro, veio um fazendeiro com uma carroça carregada de sementes que ele levava para a moagem.
— Onde já se viu tamanho descuido? — disse ele contrariado, enquanto desviava a sua parelha e contornava a pedra. — Por que motivo esses preguiçosos não mandam retirar a pedra da estrada?
E continuou a reclamar sobre a inutilidade dos outros, sem ao menos tocar, ele próprio, na pedra.
Logo depois surgiu a cantar um jovem soldado. A longa pluma do seu quépi ondulava na brisa, e uma espada reluzente pendia-lhe à cintura. Ele pensava na extraordinária coragem que revelaria na guerra.
O soldado não viu a pedra, mas tropeçou nela e estatelou-se no chão poeirento. Ergueu-se, sacudiu a poeira da roupa, pegou na espada e enfureceu-se com os preguiçosos que insensatamente haviam deixado uma pedra enorme na estrada. Também ele se afastou então, sem pensar uma única vez que ele próprio poderia retirar a pedra.
Assim correu o dia. Todos os que por ali passavam reclamavam e resmungavam por causa da pedra colocada na estrada, mas ninguém lhe tocava.
Finalmente, ao cair da noite, a filha do moleiro passou por lá. Era muito trabalhadora e estava cansada, pois desde cedo andara ocupada no moinho. Mas disse consigo própria: “Já está quase a escurecer e de noite, alguém pode tropeçar nesta pedra e ferir-se gravemente. Vou tirá-la do caminho.”
E tentou arrastar dali a pedra. Era muito pesada, mas a moça empurrou, e empurrou, e puxou, e inclinou, até que conseguiu retirá-la do lugar. Para sua surpresa, encontrou uma caixa debaixo da pedra.
Ergueu a caixa. Era pesada, pois estava cheia de alguma coisa. Havia na tampa os seguintes dizeres: “Esta caixa pertence a quem retirar a pedra.” Ela abriu a caixa e descobriu que estava cheia de ouro.
A filha do moleiro foi para casa com o coração cheio de alegria. Quando o fazendeiro e o soldado e todos os outros ouviram o que havia ocorrido, juntaram-se em torno do local onde se encontrava a pedra. Revolveram com os pés o pó da estrada, na esperança de encontrarem um pedaço de ouro.
— Meus amigos — disse o rei — com frequência encontramos obstáculos e fardos no nosso caminho. Podemos, se assim preferirmos, reclamar alto e bom som enquanto nos desviamos deles, ou podemos retirá-los e descobrir o que eles significam. A decepção é normalmente o preço da preguiça.
Então, o sábio rei montou no seu cavalo e, dando delicadamente as boas-noites, retirou-se.


William J. Bennett, O Livro das Virtudes II
(Clube de Contadores de Histórias)

domingo, 8 de março de 2009


No dia internacional da mulher,
um poema de Flávio Montes

Mulher é charme e beleza
É ternura é amor
Mulher é delicadeza
De veludo macieza
Como pétala de flor

Tem a lindeza da rosa
A sedução no olhar
Uma aura carinhosa
Tão sublime e generosa
Como a imensidão do mar

Mulher é fada querida
É Cinderela também
Mulher é fé desmedida
Mulher é ventre de vida
E é Deus quando é Mãe!