segunda-feira, 25 de maio de 2009
domingo, 24 de maio de 2009
Um rapaz pobre tinha casado e, para arranjar a sua vida, logo ao fim do primeiro ano teve de ir servir uns patrões muito longe. Ele era bom homem e pediu ao amo que lhe fosse guardando na mão o dinheiro das soldadas. Ao fim de uns quatro anos já tinha um par de moedas, que lhe chegava para comprar um eidico, e quis voltar para casa. O patrão disse-lhe:
– Qual queres, três bons conselhos que te hão-de servir para toda a vida, ou o teu dinheiro?
– O dinheiro é sangue, como diz o outro.
– Mas podem roubar-to pelo caminho e matarem-te.
– Pois então venham de lá os conselhos.
Disse-lhe o patrão:
– O primeiro conselho que te dou é que nunca te metas por atalho, podendo andar pela estrada real.
– Cá me fica para meu governo.
– O segundo, é que nunca pernoites em casa de homem velho casado com mulher nova. Agora, o terceiro vem a ser: nunca te decidas pelas primeiras aparências.
O rapaz guardou na memória os três conselhos, que representavam todas as suas soldadas; quando se ia embora, a dona da casa deu-lhe um bolo para o caminho, se tivesse fome; mas pensou que era melhor comê-lo em casa, com a mulher, quando lá chegasse. Partiu o homenzinho do Senhor e encontrou-se na estrada com uns almocreves que levavam uns machos com fazendas; foram-se acompanhando e contando a sua vida e, chegando lá a um ponto da estrada, disse um almocreve que cortava ali por uns atalhos, porque poupava meia hora de caminho. O rapaz foi batendo pela estrada real e, quando ia chegando a um povoado, viu vir o almocreve todo esbaforido, sem os machos; tinham-no roubado e espancado na quelha. Disse o moço:
– Já me valeu o primeiro conselho.
Seguiu o seu caminho e chegou, já de noite, a uma venda, onde foi beber uma pinga, e onde tencionava pernoitar; mas, quando viu o taverneiro, já homem entrado, e a mulher, ainda frescalhuda, pagou e foi andando sempre. Quando chegou à vila, ia lá um reboliço; era a Justiça que andava em busca de um assassino que tinha fugido com a mulher do taverneiro, que fora morto naquela noite. Disse o rapaz lá consigo:
– Bem empregado dinheiro o que me levou o patrão por este conselho.
E picou o passo, para ainda naquele dia chegar a casa. E lá chegou; quando se ia aproximando da porta, viu, dentro de casa, um homem, sentado ao lume com a sua mulher! A sua primeira ideia foi matar ambos logo ali . Lembrou-se do terceiro conselho e curtiu consigo a sua dor; entrou muito fresco pela porta dentro. A mulher veio abraçá-lo e disse:
– Aqui está meu irmão, que chegou hoje mesmo do Brasil. Que dia! E tu também, ao fim de quatro anos!
Abraçaram-se todos, muito contentes, e quando foi a ceia para a mesa, o marido vai a partir o bolo e aparece-lhe dentro todo o dinheiro das suas soldadas. E por isso diz o outro, ainda há quem faça bem.
Teófilo Braga, Contos Tradicionais do Povo Português, 1883
quinta-feira, 21 de maio de 2009
Conhecem, com certeza, muitos provérbios, especialmente aqueles presentes nas muitas fábulas que já leram. Pois bem, encontram aqui cinco provérbios incompletos! Vamos ver quem consegue completar alguns ou, de preferência, todos!
De livro fechado...
A leitura encanta os felizes e...
Assim como, ao colhermos rosas, temos o cuidado de evitar os espinhos...
Quanto na mocidade se aprende...
Burro velho não toma andadura..
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Um bicho-preguiça quer atingir o topo de um poste com 10 metros de altura. Durante o dia, ela sobe 3 metros e à noite escorrega 2 metros. Em quantos dias atingirá o topo do poste ?
Enviem a resposta para os comentários.
Haverá prémios para as duas primeiras respostas correctas!
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Resolveu regressar, mas o caminho era longo e o sol era quente. Esgotado, o crocodilo sentiu-se cansado e que as forças lhe faltavam e que, mais passo menos passo, ficaria ali como uma pedra. Mas o imprevisto fez que lhe passasse mesmo à mão e a tempo um rapaz. O moço, comovido, ajudou-o a arrastar-se até à ribeira. O crocodilo ficou-lhe gratíssimo, oferecendo-se para, a partir daquele dia, o levar às costas, pelas águas dos rios e do mar.
Ver em: http://www.wdl.org/pt/
Manuscritos, mapas, livros raros, pautas musicais, gravações de áudio e vídeo, fotografias, pinturas e desenhos. Toda essa documentação e muito mais, em sete idiomas, incluindo a língua portuguesa, pode ser consultada 24h por dia na 'World Digital Library' , criada recentemente pela UNESCO . A Biblioteca Digital Mundial - uma iniciativa da Unesco e da Biblioteca do Congresso dos EUA - já tem catalogados 1.170 itens relacionados com todos os continentes.
segunda-feira, 4 de maio de 2009
Que ao dar a bênção da vida,
Entregou a sua...
Que ao lutar por seus filhos,
Esqueceu-se de si mesma...
Que ao desejar o sucesso deles,
Abandonou os seus anseios...
Que ao vibrar com as suas vitórias,
Esqueceu o seu próprio mérito...
Que ao receber injustiças,
Respondeu com o seu amor...
E que, ao relembrar o passado,
Só tem um pedido:
DEUS,
PROTEJA MEUS FILHOS,
POR TODA A VIDA!
Autor desconhecido
Para ti, mãe,
Todo o meu amor...
Feliz Dia!
Todos os dias!
sexta-feira, 1 de maio de 2009
Dia do Trabalhador
Em 1886, realizou-se uma manifestação de trabalhadores, nos Estados Unidos da América, reivindicando a redução para 8 horas diárias do dia de trabalho. Nesse dia teve início uma greve geral. No dia 3 de Maio houve um pequeno levantamento que acabou com uma escaramuça com a polícia e com a morte de alguns manifestantes. No dia seguinte, uma nova manifestação foi organizada. A polícia abriu fogo sobre a multidão, matando doze pessoas e ferindo dezenas. Estes acontecimentos passaram a ser conhecidos como a Revolta de Haymarket.
Três anos mais tarde, a segunda Internacional Socialista decidiu convocar anualmente uma manifestação, com o objectivo de lutar pelas 8 horas de trabalho diário. A data escolhida foi o 1º de Maio, como homenagem às lutas sindicais de Chicago.
Em Portugal, só a partir de Maio de 1974 (o ano da revolução do 25 de Abril) é que se voltou a comemorar livremente o Primeiro de Maio e este passou a ser feriado. O Dia Mundial dos Trabalhadores é comemorado por todo o país, sobretudo com manifestações, comícios e festas de carácter reivindicativo.