terça-feira, 24 de março de 2009

Dia do Estudante 24 de Março

O dia 24 de Março foi instituído, em 1987, pela Assembleia da República, como o Dia do Estudante.
A origem desta efeméride deve-se à crise académica de 1962, quando os estudantes lutaram e sofreram para que pudessem participar em manifestações públicas e fazer as suas reivindicações com liberdade. Esta data pretende ser uma homenagem a estes estudantes que lutaram pela democracia e para que todos pudessem ser livres para se expressarem e fazerem valer os seus direitos. É uma justa homenagem a uma GERAÇÃO que tinha valores importantes!
E neste dia tão memorável, não podia deixar de lembrar todos os meus alunos, que tanto têm contribuído para tornar o meu dia-a-dia tão proveitoso!
«U» de...

U é de urso,
Urso feroz e assustador.
Sempre que o vejo,
Fico com um grande temor.

Tento enfrentá-lo.
Vejo que é impossível.
Por favor, acudam!
Este urso é temível!

Sinto-me aterrorizada,
Quero sair daquele “inferno”.
Corro, corro, corro...
Sinto um medo interno.

O urso persegue-me.
Ai! O que será de mim?
Tento escapar às garras do urso,
Mas perco-me, enfim...

Fiquei perdida!
Mas o urso não encontrei.
Que bom!
Que contente eu fiquei!

De repente,
O temível urso apareceu.
Pernas para que vos quero?
Fugi até ao liceu.

No liceu, ele me encontrou.
Fiquei assustada.
Os estudantes estavam assustados.
Estava a minha vida acabada.

O urso agarrara-me.
Via-se que ele não tinha dó de mim.
No momento em que me ia devorar...
Saltei, acordei... e caí em mim!


Tatiana e Telma, 6º B


Cores dos sentimentos

De que cor é a tristeza?

É cinzenta, porque deixa a alegria e a força de viver num canto, sem as pessoas poderem desfrutar delas;
De que cor é o amor?
É vermelho, porque transmite paixão;
De que cor é a raiva?

É negra, porque nela não existe cor, não existe vida;
De que cor é a amizade?

É amarela, cor do Sol, que nos dá a vida;
De que cor é a esperança?

É verde, para termos esperança que algo de bom aconteça; é o desabrochar de uma planta!
De que cor é a paz?

É branca, porque é uma cor viva, que nos afasta de guerras e maus pensamentos;
De que cor é a vida?

A vida é de todas as cores: amarela, azul, laranja, roxa...
A vida é um arco-íris!
Afinal, há cores para tudo, mas a vida engloba todas as cores!

TaTiAnA, 6º B

quinta-feira, 19 de março de 2009

Uma linda história, que nos faz pensar...

A pedra no caminho

Conta-se a lenda de um rei que viveu há muitos anos num país para lá dos mares. Era muito sábio e não poupava esforços para inculcar bons hábitos nos seus súbditos. Frequentemente, fazia coisas que pareciam estranhas e inúteis; mas tudo se destinava a ensinar o povo a ser trabalhador e prudente.
— Nada de bom pode vir a uma nação — dizia ele — cujo povo reclama e espera que outros resolvam os seus problemas. Deus concede os seus dons a quem trata dos problemas por conta própria.
Uma noite, enquanto todos dormiam, pôs uma enorme pedra na estrada que passava pelo palácio. Depois, foi esconder-se atrás de uma cerca e esperou para ver o que acontecia.
Primeiro, veio um fazendeiro com uma carroça carregada de sementes que ele levava para a moagem.
— Onde já se viu tamanho descuido? — disse ele contrariado, enquanto desviava a sua parelha e contornava a pedra. — Por que motivo esses preguiçosos não mandam retirar a pedra da estrada?
E continuou a reclamar sobre a inutilidade dos outros, sem ao menos tocar, ele próprio, na pedra.
Logo depois surgiu a cantar um jovem soldado. A longa pluma do seu quépi ondulava na brisa, e uma espada reluzente pendia-lhe à cintura. Ele pensava na extraordinária coragem que revelaria na guerra.
O soldado não viu a pedra, mas tropeçou nela e estatelou-se no chão poeirento. Ergueu-se, sacudiu a poeira da roupa, pegou na espada e enfureceu-se com os preguiçosos que insensatamente haviam deixado uma pedra enorme na estrada. Também ele se afastou então, sem pensar uma única vez que ele próprio poderia retirar a pedra.
Assim correu o dia. Todos os que por ali passavam reclamavam e resmungavam por causa da pedra colocada na estrada, mas ninguém lhe tocava.
Finalmente, ao cair da noite, a filha do moleiro passou por lá. Era muito trabalhadora e estava cansada, pois desde cedo andara ocupada no moinho. Mas disse consigo própria: “Já está quase a escurecer e de noite, alguém pode tropeçar nesta pedra e ferir-se gravemente. Vou tirá-la do caminho.”
E tentou arrastar dali a pedra. Era muito pesada, mas a moça empurrou, e empurrou, e puxou, e inclinou, até que conseguiu retirá-la do lugar. Para sua surpresa, encontrou uma caixa debaixo da pedra.
Ergueu a caixa. Era pesada, pois estava cheia de alguma coisa. Havia na tampa os seguintes dizeres: “Esta caixa pertence a quem retirar a pedra.” Ela abriu a caixa e descobriu que estava cheia de ouro.
A filha do moleiro foi para casa com o coração cheio de alegria. Quando o fazendeiro e o soldado e todos os outros ouviram o que havia ocorrido, juntaram-se em torno do local onde se encontrava a pedra. Revolveram com os pés o pó da estrada, na esperança de encontrarem um pedaço de ouro.
— Meus amigos — disse o rei — com frequência encontramos obstáculos e fardos no nosso caminho. Podemos, se assim preferirmos, reclamar alto e bom som enquanto nos desviamos deles, ou podemos retirá-los e descobrir o que eles significam. A decepção é normalmente o preço da preguiça.
Então, o sábio rei montou no seu cavalo e, dando delicadamente as boas-noites, retirou-se.


William J. Bennett, O Livro das Virtudes II
(Clube de Contadores de Histórias)

domingo, 8 de março de 2009


No dia internacional da mulher,
um poema de Flávio Montes

Mulher é charme e beleza
É ternura é amor
Mulher é delicadeza
De veludo macieza
Como pétala de flor

Tem a lindeza da rosa
A sedução no olhar
Uma aura carinhosa
Tão sublime e generosa
Como a imensidão do mar

Mulher é fada querida
É Cinderela também
Mulher é fé desmedida
Mulher é ventre de vida
E é Deus quando é Mãe!

quinta-feira, 5 de março de 2009











Mésseder em Jovim! Trabalhos do 5º B!











Um belo poema, de J. P. Mésseder

UM LIVRO
Levou-me um livro em viagem,
Não sei por onde é que andei.
Corri o Alasca, o deserto,
Andei com o sultão no Brunei?
P’ra falar verdade, não sei.

Com um livro cruzei o mar,
Não sei com quem naveguei.
Com marinheiros, corsários,
Tremendo de febres e medo?
P’ra falar verdade, não sei.

Um livro levou-me p’ra longe
Não sei por onde é que andei.
Por cidades devastadas,
No meio da fome e da guerra?
P’ra falar verdade, não sei.

Um livro levou-me com ele
Até ao coração de alguém,
E aí me enamorei
De uns olhos ou de uns cabelos?
P’ra falar verdade, não sei.

Um livro num passe de mágica
Tocou-me com o seu feitiço:
Deu-me a paz e deu-me a guerra,
Mostrou-me as faces do homem
- porque um livro é tudo isso.

Levou-me um livro com ele
Pelo mundo a passear,
Não me perdi nem me achei
- porque um livro é afinal…
Um pouco da vida, bem sei.

POEMA CONSTRUÍDO PELA TURMA D DO 5º D, A PARTIR DO POEMA “SOB AS ÁGUAS”, DE JOÃO PEDRO MÉSSEDER
Sob(re) as terras
Sob as terras andam toupeiras a escavar
- sob as terras -
Sobre as terras andam pessoas a caminhar
- sobre as terras -
Sob as terras andam minhocas a passear
- sob as terras -
Sobre as terras soltam-se jornais devagar
- sobre as terras -
Sob as terras há minerais para retirar
- sob as terras -
Sobre as terras andam jovens a grafitar
- sobre as terras -
Sob as terras há animais a hibernar
- sob as terras -
Sobre as terras há pessoas a emigrar
- sobre as terras -
Sob as terras há sementes a germinar
- sob as terras -
Sobre as terras andam crianças a estudar
- sobre as terras -
Sob as terras andam crianças a esgravatar
[1]
- sob as terras -
Sobre as terras andam governantes a desgovernar

- sob(re) as terras.
[1] Referência às crianças-escravas da República Democrática do Congo que trabalham na extracção do minério coltran.
O meu sonho

Esta noite eu sonhei!
No meu sonho apareceram golfinhos.
Golfinhos,
Que me encheram de carinhos!

Pareciam estar felizes!
Os golfinhos sentiam-se bem.
Quiseram estar junto de mim,
Como aconteceu a Jesus, também!

De repente, apareceu a tristeza.
Os golfinhos sentiram-se tristonhos!
Coitados!
Precisavam de grandes apoios!

Logo me lembrei:
“E que tal uma história?”.
Pareceu bem.
Comecei a contar uma história cheia de alegria!

O final da história era infeliz,
Mas quem conta, acrescenta um ponto!
A história ficou com um final feliz.
Finalmente, a alegria cobriu-lhes o rosto!

Nesse momento, acordei!
Reparei que ainda era cedo.
Decidi continuar a sonhar,
Com os meus golfinhos amigos!

Tatiana
As Duas Rosas
Eram duas flores. Mais precisamente, duas rosas. Viviam num jardim público. As duas eram bonitas, mas cada qual tinha a sua beleza. Uma rosa era vermelha e a outra era amarela. Algumas pessoas que passavam ficavam alguns minutos a olhar as ditas rosas.
- Reparaste como aquela Sr.ª olhou para mim? – perguntava a rosa vermelha - Não fiques triste! Sabes que eu chamo mais a atenção do que tu…
-O quê!? Não digas disparates! Olhou para as duas, não sejas convencida!
Uma coisa é certa: as duas eram bonitas, mas a rosa vermelha parecia mesmo veludo. Encantava qualquer pessoa! Mas, como todos sabem, não é só o aspecto exterior que conta. A rosa vermelha julgava-se superior à sua amiga. Pelo contrário, a rosa amarela não se achava superior a ninguém. Era amiga de todos e todos gostavam dela. Sempre que as suas amigas precisassem de ajuda, podiam sempre contar com a rosa amarela. Agora, pergunto eu, caros leitores: quem era a mais feliz? Pois é! Acertaram! É muito bom ter amigos e que estes gostem verdadeiramente de nós. Para isso, temos que ser amigos e nunca nos acharmos mais do que os outros. Bem, continuemos a nossa história.
A rosa vermelha vivia preocupada com a sua beleza, não se importando com os outros. Um dia, caiu-lhe uma pétala e, muito desanimada, dirigiu-se a uma outra flor, que lhe disse:
-O que foi? Vens ter comigo? O que queres? Ah, já percebi! Caiu-te uma pétala… Bem me parecia que não era cá para amizades! Olha, arranja-te. Também já precisámos da tua ajuda e, claro, nunca nos ajudaste!
-Mas…mas…-lamentava-se ela - Vá lá, ajudem-me!
-Não! – diziam as outras flores num tom agressivo.
-Tenham calma, amigas!...
A rosa amarela, dirigindo-se para a rosa vermelha, diz-lhe:
-Tu tens que aprender uma lição. Isto vai servir para tu abrires os olhos, ou seja, vais aprender a dar valor aos amigos que tens!
Coitada da rosa vermelha! Com o passar do tempo, ela viu que não valia a pena ter tanta vaidade e arrependeu-se de não ter sido uma boa amiga para as outras flores. Decidiu, então, pedir desculpa e, para espanto dela, todas aceitaram os pedidos de desculpa. Agora sim, viviam todas em perfeita harmonia e ninguém era mais que ninguém. Rosa vermelha aprendeu que a rosa amarela e todas as outras flores tinham razão. O mais importante não era a beleza exterior, mas sim ter muitos e verdadeiros amigos!
Tatiana

quarta-feira, 4 de março de 2009

O p

O p é uma bandeira,
Que está furada,
De uma horrível maneira.

Rui, 5º B

Chuva

Chuva, chuva,
Chuva, és fria,
Não me ponhas a tremer,
Traz o sol para a minha beira,
Para ele me aquecer!


Rui, 5º B
A minha casa

Minha casa tem cozinha,
cozinha para cozinhar,
comer e conversar.

Minha casa tem sala,
sala para jantar,
almoçar e relaxar.

Minha casa tem hall,
hall para acolher
visitas, amigos e quem me quiser ver.

Minha casa tem lavandaria,
lavandaria para arrumar,
limpar e costurar.

Minha casa tem quarto,
quarto para dormir,
estudar e meditar.

Minha casa tem escritório,
escritório para ler,
trabalhar e pesquisar.

Minha casa tem garagem,
garagem para guardar,
carros, ferramentas, coisas antigas.

Minha casa tem banheiro,
banheiro para me limpar
e refrescar.

Minha casa tem jardim,
jardim para jogar,
correr e plantar.

Local de lazer
onde podemos brincar
e a vida desfrutar.

Maria Inês, 5º B

terça-feira, 3 de março de 2009


Festa na Escola E. B. 2, 3 de Jovim!
Recebemos, em festa, o escritor João Pedro Mésseder!
O escritor presenteou-nos com a sua presença, mas, mais importante ainda, são os trabalhos que aqui apresentamos, fruto do trabalho dos alunos do 5ºB, que trabalharam este autor como «Escritor do Mês».
Para além de terem lido e de se terem deliciado com as obras deste escritor, os alunos fizeram uma série de trabalhos, destacando-se: pesquisas, elaboração da biografia e bibliografia do autor, ilustração de títulos e de poemas. Para além destes trabalhos, os alunos escreveram alguns dos poemas que se encontram a seguir, ao jeito de Mésseder! Participaram, com grande entusiasmo, na apresentação do escritor e na dramatização da peça de sua autoria «O Mundo a Cair aos Bocados».
Estão todos, mas mesmo todos, de parabéns, pelo excelente trabalho desenvolvido em Área de Projecto!
A professora



Letra, palavra

Procuro no armário
Até descobrir o m
Vasculho a cama
Até encontrar um e
Vou então à sala
E encontro o s
Espreito debaixo do sofá
E lá está o a
Então junto as letras
E dá a palavra mesa
Mas, para ter companhia,
Ponho-a à beira da Teresa!


Poema escrito pelo Bruno, 5º
B

Rui, 5º B
Vozes de alunos

Dez professores irritados.
Onze professores espantados.
Doze professores estafados.
Treze professores é uma tempestade.
Catorze professores até começa a chatear.
Quinze professores estão sempre a berrar.
Dezasseis professores até dá para chorar.
Dezassete professores é uma revolução.
Dezoito professores acaba o mundo.
Dezanove professores bem educados.

Vinte professores é um desastre.

Vozes de professores

Dez alunos irrequietos.
Onze alunos bem comportados.
Doze alunos bem ensinados.
Treze alunos até dá faísca.
Catorze alunos é o diabo.
Quinze alunos que não dá para calar.
Dezasseis alunos já dá para afogar.
Dezassete alunos é quase um vulcão.
Dezoito alunos endiabrados.
Dezanove alunos danados.
Vinte alunos é a turma do 5ºB.


Bruno e Pedro, 5º B

O meu livro

O meu livrinho,
É a minha companhia,
Com ele vou
Ao Mundo da fantasia.

O meu livrinho,
Ensina-me a ler
As palavras
Mais difíceis de escrever.

O meu livrinho,
Um conto me vai contar,
Com as suas palavras suaves...
E eu vou adorar!


João, 5º B

domingo, 1 de março de 2009

CÉU

Céu, céu,
Que me vais levar
Pelas nuvens
Para contigo
Poder brincar
Como uma
Criança
Sem mente
Que só pensa em
Crescer para poder trabalhar.

Céu, céu,
Que me vais levar
Como uma andorinha
Para contigo
Poder dançar
Como uma
Bailarina ao luar.





Lua?

Vive à beira das estrelas,
À beira dos planetas.
Tem forma de bola
Mas não chuta nem joga.
Vê-se melhor à noite
Mas não sei se se está a deitar
Ou se está a acordar.
Nem sei se lua eu lhe posso chamar!
Mas só sei
Que à noite faz luar!





Este verso é isto

Este verso é uma linha,
Aquele verso é uma galinha.

Este verso é uma flor,
Aquele verso é uma cor.

Este verso é uma chama,
Aquele verso é um pijama.

Este verso é um pião,
Aquele verso é o João.

Este verso é a Primavera,
Aquele verso é a Vera.

Este verso é a mala,
Aquele verso é uma tala.

Este verso é isto,
Este verso é o que eu quero,
Coisa que eu faço e gosto.



A minha estante

O meu lugar favorito
Fica no meu quarto
Onde à noite durmo,
É a estante onde estudo,
Lá, posso ler, desenhar e estudar,
Para a minha cultura aumentar.

Quando chega a hora de
Para a escola ir,
Já estou preparada
Para à aula assistir.

Dizem que sou estudiosa
Que só penso em estudar,
Mas não sei se isso é verdade
Porque tenho música
E natação para
Também praticar.

É que eu detesto
Tirar más notas:
Não satisfaz, satisfaz pouco
E fraco.
Que horror!
Vejam lá
Que não é exagero:
Todos os dias estudar!
A minha estante é
A minha amiga,
Aquela que me ajuda
A pensar, estudar
E até brincar!




Folhas

Folhas
Há muitas
No chão do Outono,
Castanhas, avermelhadas
E até amarelas.
Para na Primavera
Voltarem a nascer,
Verdinhas e fresquinhas!




Formas

Tem a forma
Duma bola
Chama-se caçarola.

Tem a forma
De um cubo
Chama-se adubo.

Tem a forma
Duma beleza
Chama-se deusa.

Tem a forma
De um estojo
Chama-se mocho.

Tem a forma
De uma laranja
Chama-se toranja.



Primavera

A flor
Contenta
O pássaro,
O pássaro
Pica o pau,
O pau
Suporta
O fruto,
E antes
Do fruto
Vem a flor!




Dia

Com as mãos
Toco no sol,
Com o sol
Vou ao céu
E colho
Uma nuvem!


Poemas escritos pela Ana Sofia (5º B),
ao jeito de João Pedro Mésseder!