A Joaninha vaidosa
Era uma vez uma Joaninha muito vaidosa, que vivia num campo, junto a um riacho, com todos os outros animais.
As suas patinhas eram muito pequeninas; tinha uma carapaça vermelhinha, da cor do fogo, com pintinhas pretas sarapintadas por todo o lado, que faziam lembrar a noite! Era tão vaidosa que gostava de mostrar a todos a sua beleza. Todos os animais a admiravam porque ela era muito vistosa. Não havia animal por perto que desse tanto nas vistas como a Joaninha.
Todos os dias, ao anoitecer, a Joaninha ficava triste e desanimada. Era impossível ser vista no escuro da noite e ela queria mostrar a sua beleza de dia e de noite!
Pensou, pensou... até que se lembrou do seu amigo pirilampo.
- Achei uma solução para o meu problema! Viva! Viva! - festejava ela.
Foi a casa do amigo pirilampo e lá estava ele a piscar a sua luzinha. Era magnífica! Truz, truz, truz!
- Quem é? - perguntou o pirilampo.
- Sou eu, a Joaninha! Preciso que me ajudes, por favor!
Entrou e começou a desabafar:
- É o seguinte: eu preciso...
- Vá, desembucha! - exclamou o pirilampo.
- Bem, eu preciso que me ilumines, todas as noites... Pode ser?
- Como assim?! - interrogou o amigo.
- Sou muito bonita e quero mostrar a minha beleza também durante a noite e, para tal, preciso de ti.
- Nem pensar!! Em vez de mostrares a tua beleza, faz outra coisa! Olha, o cavalo relincha e faz muitas corridas; o macaco anda de árvore em árvore... Além disso, à noite está muito frio e os animais ferozes passeiam pelo campo à procura da ceia!... É um perigo!
- Oh!... Vou pensar no que disseste, mas, por favor, satisfaz o meu desejo só esta noite! - pediu a Joaninha num tom de voz muito amável.
- Está bem, está bem! - concordou o pirilampo.
Chegou a noite e lá foram os dois. Passearam por todo o campo, até que a Joaninha ficou cansada e pediu para regressarem a casa.
- É um horror! - desabafou a Joaninha. - Nunca pensei que o campo fosse assim durante a noite!
- Pois, é mesmo assim. Aqui, no campo, a noite é para os animais selvagens, que também têm direitos. Tenho pena, mas...
- Não, não tenhas pena! Eu sei cuidar de mim. Paciência! Passearei durante o dia e far-te-ei companhia à noite. Concordas?
- Sim, com muito gosto!
A partir daquele dia, a Joaninha aprendeu que não valia a pena ter tanta vaidade; o melhor era a companhia dos amigos. Todos ficaram surpreendidos com a "nova" Joaninha!
Tatiana, 5º B