Histórias pequenas
de bichos pequenos!
Piolho
Era uma vez um Piolho castanho como o tronco de um castanheiro, com patas pretas como a noite!
Este Piolho era refilão, antipático, queria tudo à sua maneira e estava sempre zangado porque queria arranjar uma namorada e não conseguia!
Vivia num cabelo pequenino, na cabeça de um homem quase careca. Às vezes, para se divertir, fazia patinagem artística na pista, à beira da sua casa. Era a única coisa que o fazia feliz.
Um dia, ele ficou muito aborrecido, porque duas lêndeas, muito traquinas e irrequietas, tinham posto duas cascas de banana na pista, o que fez com que ele caísse!
Nesse mesmo dia, uma das lêndeas foi a sua casa, pedir desculpa e perguntar se queria brincar. O piolho, muito irritado, disse:
- Nem penses, sua lêndea horrorosa! Vai embora!
A lêndea ficou triste e ficou duas semanas sem sair de casa. Um belo dia, calhou de se cruzar com o piolho, o que não era muito difícil! O piolho perguntou:
- És nova por aqui?
- Caso não te lembres, há duas semanas atrás convidei-te para brincar e recusaste!
- Como é possível que te tenhas transformado tanto? És o ser mais bonito à face desta cabeça. Queres sair comigo?
- Está bem. Pode ser!
E assim o piolho e a amiga viveram felizes.
História escrita pela Vera, do 5º B
Joaninha
Era uma vez uma joaninha chamada Joana. Joana era linda; tinha uns olhos azuis como o céu, uma carapaça vermelha como a cereja, pintas pretas como azeitonas, um sorriso do tamanho do mundo.
Um dia, quando Joana estava a dar um passeio com o seu pai, distraiu-se a olhar para um monumento e não viu que o pai tinha ido a uma gelataria. Foi então que tudo aconteceu: como Joana não sabia onde o seu pai estava, foi à procura dele.
Procurou, procurou, mas não o encontrou. Já a pensar em coisas que não devia, foi parar a um jardim lindo, que a deixou cheia de alegria! Dali a instantes, chegou o seu pai, acompanhado por polícias. A joaninha estava a rebolar na relva verdinha...
É por isso que quando se canta
Joaninha,
Voa, voa,
Que o teu pai
Foi a Lisboa...
elas voam sempre, porque têm medo de se perder!
História da autoria da Beatriz, do 5º B
O Mosquito
Era uma vez um Mosquito que tinha cinco anos; era muito bonito, usava sempre botas e calças de ganga.
O Mosquito tinha um grande amigo; era o João, de cabelo loiro e baixote; usava roupas fixes!
O João tinha encontrado este mosquito nas férias de Verão, numa noite de calor. Em vez de o enxotar, o João tornou-se o seu amigo inseparável.
No final das férias, o João disse ao amigo:
- Mosquito, amanhã tenho escola.
- O que é isso, escola? – quis saber o insecto.
- A escola é um sítio onde as crianças aprendem, para um dia serem alguém!
- Ah! Posso ir contigo?
- Olha, então amanhã podes ir comigo, mas só amanhã!
Adormeceram. Na manhã seguinte, quando o João acordou, chamou logo pelo Mosquito. Quando chegaram à escola, o Mosquito exclamou:
- Que sítio tão grande! É aqui a tua escola?
- Sim – disse João.
Quando estavam a dirigir-se para a sala, os amigos do João disseram-lhe:
- João, tens um mosquito nas costas. Não te mexas, que vou matá-lo!
- Não – gritou João. – Não o mates, é meu amigo!
- Teu amigo? – perguntaram todos, admiradíssimos.
- Sim! Ele fala! Encontrei-o nas férias, a falar sozinho, muito triste!
Quando a professora soube da novidade, ficou muito admirada. Como o Mosquito era bem educado e não perturbava as aulas, a professora deixou o João trazer o amigo, para aprender coisas interessantes!
História do Sandro, 5º B