domingo, 20 de abril de 2008

BONS AMIGOS

Abençoados os que possuem amigos,
os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede,
não se compra,
nem se vende.
Amigo, a gente sente!
Benditos os que sofrem por amigos,
os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala,
não questiona,
nem se rende.
Amigo a gente entende!
Benditos os que guardam amigos,
os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!
Benditos sejam os amigos
que acreditam na tua verdade
ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direcção.
Amigo é a base quando falta o chão!
Benditos sejam todos os amigos de raízes,
verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!
Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,
Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!

Machado de Assis

sábado, 19 de abril de 2008

«As coisas extraordinárias e as coisas fantásticas também são verdadeiras.»
«A noite é o dia das coisas.»


Sophia de M. B. A., O Rapaz de Bronze

terça-feira, 15 de abril de 2008


MÃE
Mãe,
És a flor mais bonita do meu jardim,
És uma rosa perfeita,
Brilhas no escuro do meu quarto,
Nunca te esqueço!

Mãe,
Estarás sempre no meu coração,
Ajudas-me nos maus momentos,
Sem ti não seria ninguém,
Deste-me vida e ajudas-me a crescer!

Mãe,
O Sol brilha como tu;
Dás-me carinho, amor, felicidade, tudo!
Sem ti não seria nada.
Nunca te esquecerei!

Sandro, 5º B
AMIGO

Tenho um amigo muito especial,
É um amigo universal;
Nunca o esquecerei,
Pois um amigo é uma coisa bonita!

Amigos
São aqueles que nos fazem sorrir
E que nunca escondem a verdade;
Esses, sim, são bons amigos!
Dão-nos carinho e alegria...
Fazem-nos companhia,
Nunca nos deixam sós!


Sandro, 5º B


A árvore e o esquilo
Era uma vez uma árvore que morava no meio de um pinhal. Era uma árvore muito alta, com ramos compridos e carregadinhos de folhas verdes. Já estava um bocadinho farta de viver junto dos pinheiros, porque aí não existiam árvores como ela. Por isso, andava triste e sentia-se sozinha.
Um dia, a árvore percebeu que as suas folhas estavam a cair; pensou: «Será que estou a ficar caduca?!»
Nesse momento, avistou, atrás de um pinheiro, um animal pequenino e muito engraçado. Perguntou-lhe:
- Que fazes aqui, esquilinho, neste pinhal abandonado?
- Vim conhecer-te!... Lá, onde moro, ouço falar muito de ti! És muito famosa!
- A sério? – perguntou a árvore, começando a sentir-se muito vaidosa!
- Sim, é verdade!... Agora vou embora, mas antes tenho que te dizer uma coisa!
- O quê?! – quis a árvore saber, imaginando que o esquilo, tão lindo e vaidoso, se tinha apaixonado por ela.
- Gostava de te dizer que gostei muito de te conhecer e que vou contar a nossa conversa a todos os meus amigos...
Ao ir embora, o esquilo atirou um beijo à amiga, com a sua patinha pequenina, com uma mancha branca. A árvore, muito contente, fechou os olhos e disse:
- Adorei conhecer este esquilo! Que belo amigo encontrei!
O tempo, entretanto, foi passando. O esquilo nunca mais apareceu por aquelas bandas... O Inverno chegou. A árvore sentia-se novamente abandonada e só. Uma noite, fechou os olhos e, com muito cuidado, deixou-se cair para o chão, morrendo de saudades do amigo esquilo...
História da autoria da Fátima, Luís e Pedro, 6º A


Histórias pequenas

de bichos pequenos!

Piolho

Era uma vez um Piolho castanho como o tronco de um castanheiro, com patas pretas como a noite!
Este Piolho era refilão, antipático, queria tudo à sua maneira e estava sempre zangado porque queria arranjar uma namorada e não conseguia!
Vivia num cabelo pequenino, na cabeça de um homem quase careca. Às vezes, para se divertir, fazia patinagem artística na pista, à beira da sua casa. Era a única coisa que o fazia feliz.
Um dia, ele ficou muito aborrecido, porque duas lêndeas, muito traquinas e irrequietas, tinham posto duas cascas de banana na pista, o que fez com que ele caísse!
Nesse mesmo dia, uma das lêndeas foi a sua casa, pedir desculpa e perguntar se queria brincar. O piolho, muito irritado, disse:
- Nem penses, sua lêndea horrorosa! Vai embora!
A lêndea ficou triste e ficou duas semanas sem sair de casa. Um belo dia, calhou de se cruzar com o piolho, o que não era muito difícil! O piolho perguntou:
- És nova por aqui?
- Caso não te lembres, há duas semanas atrás convidei-te para brincar e recusaste!
- Como é possível que te tenhas transformado tanto? És o ser mais bonito à face desta cabeça. Queres sair comigo?
- Está bem. Pode ser!
E assim o piolho e a amiga viveram felizes.
História escrita pela Vera, do 5º B


Joaninha

Era uma vez uma joaninha chamada Joana. Joana era linda; tinha uns olhos azuis como o céu, uma carapaça vermelha como a cereja, pintas pretas como azeitonas, um sorriso do tamanho do mundo.
Um dia, quando Joana estava a dar um passeio com o seu pai, distraiu-se a olhar para um monumento e não viu que o pai tinha ido a uma gelataria. Foi então que tudo aconteceu: como Joana não sabia onde o seu pai estava, foi à procura dele.
Procurou, procurou, mas não o encontrou. Já a pensar em coisas que não devia, foi parar a um jardim lindo, que a deixou cheia de alegria! Dali a instantes, chegou o seu pai, acompanhado por polícias. A joaninha estava a rebolar na relva verdinha...
É por isso que quando se canta

Joaninha,
Voa, voa,
Que o teu pai
Foi a Lisboa...

elas voam sempre, porque têm medo de se perder!
História da autoria da Beatriz, do 5º B


O Mosquito

Era uma vez um Mosquito que tinha cinco anos; era muito bonito, usava sempre botas e calças de ganga.
O Mosquito tinha um grande amigo; era o João, de cabelo loiro e baixote; usava roupas fixes!
O João tinha encontrado este mosquito nas férias de Verão, numa noite de calor. Em vez de o enxotar, o João tornou-se o seu amigo inseparável.
No final das férias, o João disse ao amigo:
- Mosquito, amanhã tenho escola.
- O que é isso, escola? – quis saber o insecto.
- A escola é um sítio onde as crianças aprendem, para um dia serem alguém!
- Ah! Posso ir contigo?
- Olha, então amanhã podes ir comigo, mas só amanhã!
Adormeceram. Na manhã seguinte, quando o João acordou, chamou logo pelo Mosquito. Quando chegaram à escola, o Mosquito exclamou:
- Que sítio tão grande! É aqui a tua escola?
- Sim – disse João.
Quando estavam a dirigir-se para a sala, os amigos do João disseram-lhe:
- João, tens um mosquito nas costas. Não te mexas, que vou matá-lo!
- Não – gritou João. – Não o mates, é meu amigo!
- Teu amigo? – perguntaram todos, admiradíssimos.
- Sim! Ele fala! Encontrei-o nas férias, a falar sozinho, muito triste!
Quando a professora soube da novidade, ficou muito admirada. Como o Mosquito era bem educado e não perturbava as aulas, a professora deixou o João trazer o amigo, para aprender coisas interessantes!
História do Sandro, 5º B


A árvore e o ninho
Era uma vez uma árvore novinha, que ainda estava a crescer. Estava situada perto das suas irmãs. Os seus troncos eram finos como um pau de vassoura, as folhas eram tão pequenas como uma borracha!
Passou um ano. A árvore estava maior, tal como as suas irmãs. Um dia, sentiu algo de estranho no seu ramo mais forte. Perguntou às irmãs:
- O que tenho, manas?
- Tens um ninho num ramo!
- O que é um ninho?
- É um molho de paus pequenos, onde nascem os pássaros.
- Ah! E se me cortam o ramo? – perguntou, assustada.
- Aqui não há pássaros que te cortem os ramos!
Passado algum tempo, pousou ali um pássaro, com algo preso no bico. O pássaro pousou no ninho e a árvore logo lhe perguntou:
- Quem és tu?
- Sou um melro, a mãe destes pequeninos!
- Que lindos passarinhos! - exclamou a árvore.
- Desculpa – disse a mãe melro – por não te ter pedido para fazer o ninho.
- Não faz mal, até me sinto mais feliz, porque assim tenho sempre companhia!
Algum tempo depois, os passarinhos começaram a voar. A partir dessa altura, sempre na Primavera, a árvore ficava com tantas folhas que mais parecia um céu verde e remexido. A mãe melro disse a todos os amigos que escolhessem aquela árvore para fazerem os ninhos, pois era uma árvore muito especial.

Texto da autoria do Mário e do Ricardo, 6º A

A árvore

Era uma pequenina árvore, com folhas verdinhas e fresquinhas, acabadas de nascer. Os seus ramos, tal como ela, eram pequeninos e o seu tronco era frágil como um palito. A pequenina árvore chamava-se Lícia.
Lícia vivia nuns altos montes, onde também viviam outras árvores. Esses montes eram altos, encurvados e, por eles abaixo, corria um riacho com água transparente. Naqueles altos montes, os outros seres vivos chamavam «Anjinha Papuda» à árvore, um nome que detestava.
Lícia era uma árvore sonhadora e imaginativa. Um dos seus sonhos era ser maior, mais forte, para, assim, não lhe chamarem mais aquele nome tão feio.
Um dia, Lícia ficou muito magoada por a tratarem por aquela alcunha tão feia! Pensou:
«Ai, ai! Como eu queria ser grande e forte! Nem que tivesse de ir pedir à fada...»
Num instante, apareceu ali a fada.
- Minha menina... – disse a fada - então tu queres ser maior e mais forte? Não gostas de ser pequenina, como és?
- Não, não gosto nada! Toda a gente me goza! – disse, zangada.
- Tu ainda não percebeste, mas vais perceber um dia que ser pequenina tem desvantagens, mas também tem vantagens.
- Quais?
- Agora não te posso contar, mas com o tempo saberás.
E plim, pluf... desapareceu. Lícia ficou pensativa...
Uns dias depois, Lícia meteu-se num grande sarilho... foi apanhada a pegar na bola no Sr. Relva e foi levada para a esquadra subterrânea.
- Lícia, como castigo, vais ficar cá durante duas semanas! – disse o polícia.
E dois polícias, altos e gordos, levaram-na.
- Ai! Tenho que fugir daqui! – disse Lícia.
Ao olhar para a janela, Lícia reparou que havia uma falha e... graças ao seu tamanho, conseguiu fugir.
Quando fugiu, encontrou a fada, que lhe disse:
- Vês?! Ser pequena não é assim tão mau como tu pensas!
E plim... pluf... desapareceu...
Depois disto, Lícia ficou a perceber que nem tudo na vida é mau!
História da autoria da Andreia e da Patrícia, do 6º A