A Castanha
Era uma vez uma Castanha que vivia numa árvore novinha, quase sem folhas. A Castanha tinha um cobertor de picos, que a protegia do frio e do mau tempo; era, também, muito corajosa e aventureira e desejava muito viver uma aventura fora daquele lugar!
Todos os dias, a Castanha via as irmãs cair do castanheiro, sendo, depois, apanhadas pelo povo da aldeia. Nestas alturas, a Castanha pensava: «A mim não me apanham eles! Vou pensar num plano eficaz!»
A Castanha pensou, pensou, até que teve uma ideia: resolveu livrar-se do seu ouriço e rolar pelo monte abaixo, até conseguir chegar a um sítio distante.
Se assim pensou, assim o fez!
Nessa mesma noite, aproveitando uma tempestade, saltou para muito longe, caindo numa folha que o vento levava no ar...
Com aquela boleia, a castanha conseguiu voar para muito longe dali, até que o vento abrandou e a folha pousou num terreno muito macio e verde. Que maravilha!
- Obrigada, vento e folha, por me terem trazido para este magnífico lugar! Vou já...
A Castanha foi interrompida por uma vozita:
- Olá!
- Quem és tu?! Como te chamas? - perguntou a Castanha surpreendida.
- Eu sou a Lebre Saltitona. Moro além, naquela toca, perto do arbusto. E tu, de onde vens?
- Venho de um castanheiro, nascido há pouco tempo. Vim aqui parar porque não queria ser apanhada pelos humanos, como as minhas irmãs foram!
- Que sorte tu tiveste por ter vindo parar aqui! Este é um sítio muito silencioso e muito calmo, bom para uma castanha viver. Gostarias de viver comigo?
- Não quero dar muito trabalho! - exclamou a Castanha.
- Não dás trabalho nenhum! Fazes-me companhia, porque eu vivo só!
E assim foi. Ainda hoje podes ver as duas amigas a saltitar alegremente no prado verde e alegre!
História escrita pela Catarina, Verónica, Luís, Leandro e Mário, do 6º A