segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Amor Maiúsculo


Uma vez um homem, já com idade avançada, foi à clínica fazer um curativo a uma mão. Ele dizia estar apressado. O enfermeiro, com alguma curiosidade, perguntou:
-Porque está com tanta pressa?
-Bem… Tenho que ir tomar o pequeno-almoço com a minha mulher.
O enfermeiro estranhou e voltou a questionar o humilde senhor.
-A sua mulher não pode esperar ou simplesmente tomar o pequeno-almoço sozinha?
Foi nesse momento que o senhor informou que a sua mulher sofria de Alzheimer já num estádio avançado.
-Ela ainda o reconhece?
-Não. - respondeu ele – Já faz cinco anos que ela não me reconhece.
Então, perguntou o outro:
-Sendo assim, porque faz questão de tomar, todos os dias, o pequeno-almoço com a sua mulher?
-Ela não me reconhece, mas eu conheço-a muito bem!
Nesse instante, as lágrimas vieram aos olhos do enfermeiro. Ficara sensibilizado com as palavras do velho mas sábio senhor. Por momentos, pensou:” Este é que é um exemplo de um verdadeiro amor! “

Escrito, com muito sentimento, pela querida TaTiAnA!

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

Ler, ler, ler!

A felicidade exige valentia

«Posso ter defeitos, viver ansioso e ficar irritado algumas vezes, mas não esqueço que a minha vida é a maior empresa do mundo, e posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver, apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise. Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e tornar-se um autor da própria história. É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar um oásis no recôndito da sua alma. É agradecer a Deus, cada manhã, o milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um 'não'.
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.

Pedras no caminho? Guardo todas:
Um dia vou construir um castelo...»

Fernando Pessoa

terça-feira, 4 de agosto de 2009


Sudoku é um jogo de raciocínio e lógica. Apesar de ser bastante simples, é divertido e viciante. Basta completar cada linha, coluna e quadrado 3x3 com números de 1 a 9.
Visita http://sudoku.hex.com.br/jogar/ e diverte-te!


segunda-feira, 3 de agosto de 2009


O Velho Mago


Era uma vez um velho Mago, muito famoso.
Mago equivale a feiticeiro. Feiticeiro equivale a bruxo. No entanto, este não era dos maus, daqueles que transformam príncipes em sapos ou coisas assim. Durante toda a vida, dera-lhe mais para transformar sapos em príncipes ou coisas parecidas. Era um Mago bom.
Mas andava muito esquecido.
Ia para praticar uma magia, através de uma fórmula mágica e, a meio, tinha uma falha de memória:
- Galapim, topelim, balemeque... Ou será bumelaque?
O caso podia ser grave, porque qualquer pequena alteração das palavras mágicas transtornaria o resultado.
Em vez de fazer aparecer um príncipe, onde estava um sapo, fazia aparecer uma galinha.
Depois, a transformação da galinha em príncipe é que era um caso sério. Um processo muito mais complicado. Quase impossível.
À conta dos seus enganos, o velho Mago tinha a capoeira cheia.
- Esta minha cabeça já não funciona como dantes funcionava - queixava-se ele.
Ainda foi a um médico, que lhe receitou uns comprimidos para a desmemória, mas o Mago também se esquecia de tomar os comprimidos e tudo continuava na mesma.
E a capoeira cada vez mais cheia...
Um amigo, que foi visitá-lo, aconselhou-o:
- Larga o ofício de Mago e transforma-te em criador de aves. Tens aqui um rico aviário.
Pois tinha. Tanto que uma raposa descarada começou a rondar-lhe a capoeira.
Numa noite de luar, o mago pressentiu-a e, armado de umas palavras mágicas, que tiram o apetite às raposas, atirou-lhe ao focinho:
- Belico, sapetec, arlepic, pic, pic. Sofial! Jeropigue! Cavanica. Obstrúnfio.
A raposa fugiu, alarmada, e as galinhas agitaram-se na capoeira, numa desusada excitação. Sucedeu o que parecia quase impossível.
A capoeira ficou cheia, a abarrotar de príncipes, todos muito indignados por se encontrarem em lugar tão fora de propósito para tais Altezas.
Saíram os príncipes para os respectivos palácios, se é que os tinham, e o velho Mago, muito envergonhado, ficou a remoer mais este engano. Não acertava nem numa única fórmula. Que enervância!
E o mais grave é que também se tinha esquecido das palavras mágicas que, infalivelmente, transformam os sapos em galinhas.
Sem gemada para o lanche nem omeleta para o jantar, o Mago decidiu seguir o conselho do amigo. Comprou várias dúzias de pintainhos, meteu-os na capoeira vazia e esperou que crescessem.
Dá-lhes de comida migas de pão duro e sêmola. Não é nenhuma fórmula mágica, mas engorda.

História do Dia, de António Torrado

domingo, 2 de agosto de 2009

Francisco Ferreira escreveu:

«Ler é alimentar a minha liberdade de sonhar!»

Ler um livro pela primeira vez
é conhecer um novo amigo.

Ler um livro pela segunda vez
é encontrar um velho amigo!


(Ditado chinês)

sábado, 1 de agosto de 2009

sexta-feira, 31 de julho de 2009


Um livro


Um livro muito antigo,
Abriu-me as portas para o conhecimento.
Na minha opinião, era muito convencido...
Mas destacava-se entre os outros e era rabujento!

Tanta inteligência!...
Nunca eu vira!
De certa forma era bonito,
Mas tinha também uma certa mania!

Mania essa,
De ser superior!...
Ensinei-lhe umas coisinhas...
Abrindo portas para um maior esplendor!

De rabujento...
Passou a ser simpático.
Um amigo fiel,
E nada antipático!

A sua capa reluzente...
Ai!... Que beleza!
O seu título brilhando,
Com alguma nobreza.

Meu amigo ele ficou!
Conselhos não me faltaram...
Sortuda me chamaram,
E os garotos me gabaram!

Assim termina uma história,
De uma menina e um livrinho,
Que ainda o tem guardado,
Numa gavetinha, com carinho.


Poema da Tatiana

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Nice music!!


FUENTE DE LA RENIEGA (Lenda)

Diz a lenda que um peregrino havia partido de Toulose, na França, e se esforçava para chegar ao topo do monte Reniega. O sol causticante do mês de Agosto caía implacável sobre o seu corpo. A sede que tinha era quase insuportável, tinha momentos em que perdia a consciência e caía no chão. Ao levantar-se, lamentava a sua imprudência em não levar água consigo; quando estava a pensar, acercou-se dele um jovem, muito bem apessoado, que disse:
- Irmão, pelo teu rosto e pelo teu corpo cansado, acredito que queres beber água...
O peregrino respondeu:
- Sim, por favor, dai-me água, pois a sede está insuportável.
- Dar-te-ei água e comida durante toda a tua vida se negares a existência de Deus. Nunca voltarás a passar nem sede nem fome – falou o jovem.
- Negar a Deus?! Isso jamais! Saia do meu caminho – falou, indignado, o peregrino.
- Está bem – falou o jovem – é só negar a existência da Virgem Maria e concederei água e comida.
O peregrino, realizando um grande esforço, pois a sede impedia-o de falar com clareza, contestou:
- Afasta-te, demónio, do meu caminho.
Pela terceira vez, o jovem, que certamente era o demónio, insistiu:
- Nega o Apóstolo Santiago e eu concederei o teu desejo.
Desesperado, o peregrino já não discutia; começou a orar em voz alta, suplicando a Santiago que intercedesse por ele. Enquanto recitava sua oração, o peregrino viu como que uma nuvem sulfurosa a aparecer, envolvendo o demónio, que desapareceu. Logo atrás da mesma, apareceu uma fonte de água fresquíssima e transparente e ao seu lado o próprio Apóstolo Tiago, em forma de peregrino, que lhe mostrava a fonte e lhe dava de beber na sua Vieira.
Desde então, da fonte continuou a jorrar aquela água cristalina e fresca, para consolo de todos os peregrinos que, com os seus passos, muitas vezes trôpegos, conseguiram atingir aquele local no “Alto do Perdón”. O diabo, nada conseguindo daquele peregrino, teve de buscar outros lugares para tentar outros que se dirigiam a Santiago de Compostela.
A lenda ainda informa: todo aquele que beber daquela fonte terá a virtude de conservar os ânimos e saberá vencer a tentação de abandonar a missão que se propôs, ao empreender a sua peregrinação ao túmulo do Apóstolo Tiago.




O Rapaz que Comia Livros

sábado, 25 de julho de 2009

domingo, 19 de julho de 2009

Férias diferentes!

Era uma vez uma menina que morava na cidade do Porto. É uma bela cidade, sem dúvida! Um dia, em Julho, os seus pais entregaram-lhe uma carta da sua prima que morava no baixo Alentejo; como elas estavam de férias, a prima estava a convidá-la para ir passar uns dias consigo.
Sem hesitar, pediu aos pais que a deixassem ir.
Os pais autorizaram e, nesse mesmo instante, ela foi a correr fazer as malas:
-Vou levar o meu bikini; o meu protector solar; um chapéu de praia; tudo o que é preciso para a praia, mas também tenho que levar outros tipos de roupa para o caso de não estar bom tempo. Ah, já me ia esquecendo de dar a resposta à minha prima!
Depois de fazer as malas, a menina pegou no lápis, que estava dentro do estojo, e no papel que estava na capa e escreveu uma carta à prima, pois ela não tinha computador.

Ribeira, 19 de Julho de 2009

Cara prima,

Estou a escrever esta carta para te dizer que aceito o teu convite e que vou passar estas férias contigo, aí no sul.


Uma beijoca da tua prima!


P.S Por favor pede à tua mãe para fazer daqueles bolinhos de que eu tanto gosto.

Quando chegou ao Alentejo, depois daquela longa viagem de comboio, a prima já estava à sua espera na estação:
-Vamos – disse a sua prima – a minha mãe fez os bolinhos tal e qual como tu pediste! E depois podemos ir andar de bicicleta para o ribeiro e ver as senhoras já de idade a lavar a roupa.
-Mas isso é uma seca!... Podíamos era ir para a praia!...
-Nós aqui não temos praia!
-Como? Tu consegues aguentar um verão inteiro sem ir à praia?
-Sim, o verão não é só ir à praia, também se fazem outras coisas...
-Nós no norte passamos a maior parte do verão na praia. E computador?... Também não tens?
-Não, prima! Estás muito mal habituada... nós no verão descansamos.
-Que seca aqui… vocês não fazem nada de jeito, mas vamos para casa e depois logo se vê o que fazemos.
Foram para casa e lancharam…
Depois do lanche, as duas meninas foram visitar os arredores. Viram todos os lugares engraçados e paisagens muito belas. Mais tarde, foram até ao rio e tomaram uma bela banhoca.
Os dias passaram muito depressa. Todos os dias arranjavam coisas novas para fazer.
Foram dias muito divertidos, que as duas primas nunca mais esquecerão!

A Beatriz escreveu e a professora adaptou

terça-feira, 30 de junho de 2009

Palavras para quê?...

É bom descansar, depois da sensação do dever cumprido!
Boas férias!!

sábado, 27 de junho de 2009

Visita ao Oceanário do Porto


Uma agradável sugestão para um fim-de-semana!

Viva o Rei!

Amália, sempre!

sábado, 20 de junho de 2009

O Gigante que não queria ser Gigante

Era uma vez um gigante que vivia muito solitário pois não tinha ninguém com quem conversar; sempre que ia à aldeia, todos os habilitantes se refugiavam em suas casas. Farto da situação, o gigante decidiu:
-Vou à bruxa, que mora na floresta, para ver se ela me resolve a situação!
Dito e feito… Quando chegou à floresta, gritou pela bruxa e, num abrir e fechar de olhos, ela apareceu, vinda do nada!
-Porque é que estás aí a gritar feito um maluquinho?!
-Preciso que me ajudes… Todas as pessoas fogem de mim por eu ser assim tão… tão…tão gigante e estou farto de o ser; por isso peço-te que me ajudes a ficar um pouquinho mais pequeno...
A bruxa desapareceu sem dizer nada e, quando voltou, trazia uma espécie de frasco com ela:
-Aqui tens - diz a bruxa – esta poção faz com que tu fiques pequeno, mas tens que ter cuidado! Se tomares a poção em excesso poderás ficar mais pequeno do que uma agulha!
E lá foi o gigante, todo contente, pelos montes fora.
Um pouco antes de chegar à aldeia, o gigante bebeu a poção que a bruxa lhe tinha dado, golo a golo. O frasco ficou vazio e, por pura magia, o gigante passou de gigante a minorca.
Ao chegar à aldeia, todas as pessoas murmuravam:”Quem será? Nunca o tinha visto na minha vida!” E o gigante, todo feliz, lá ia todo contente com o seu novo aspecto!
O problema foi quando chegou a casa e não chegou à fechadura!!!

História recontada pela Beatriz


Eis uma versão diferente de António Torrado:

Era uma vez um gigante que não gostava de ser gigante.

- Chamo muito a atenção - queixava-se ele. - Para onde quer que vá, todos, de longe, apontam o dedo para mim “Lá vai o gigante!" E assustam-se. E abusam do meu nome e pessoa, metendo medo aos meninos: “Se não comes a sopa, chamo o gigante". E espalham disparates a meu respeito, dizendo que eu como gente, sou mau e outras calúnias que tais. Não aturo isto!
Pôs-se a andar de joelhos, a ver se não davam tanto por ele. Qual quê! Um gigante de joelhos, quer se queira quer não, é sempre um gigante, ainda que de joelhos. Deixou de aparecer. Fechou-se no seu palácio de gigante e nunca mais pôs um pé fora de casa.
Mas um gigante escondido, que de um momento para o outro pode aparecer, aterroriza ainda mais a vizinhança do que se andasse sempre na rua.
- Vou mudar de terra - decidiu o desgostado gigante.
Andou por vários reinos, sempre precedido pela sua fama:
- Vem aí o gigante - gritavam.
E todos fugiam.
Até que foi ter a uma terra de gigantes. De gigantões. Todos muito maiores do que ele. - Aqui é que me convém ficar a viver - disse o gigante. - Ninguém vai reparar em mim. Por acaso reparavam. Nessa terra, de gigantões matulões, chamavam ao gigante desta história de “pitorro", “badameco", “homenzinho", “pigmeu"... Mas ele, que tinha muito bom feitio, não se importava.



domingo, 14 de junho de 2009


Quinta das Lágrimas, 2008!
Visita inesquecível!



sábado, 13 de junho de 2009

Quadras a Santo António


Foi na noite dessa tua festa
que encontrei o meu grande amor,
sendo assim, apenas me resta
agradecer-te por este favor.


Eu casei-me na tua capela
Num dia bonito e de calor,
Levava um lenço na lapela.
O coração batia com fervor.


Entra na marcha e vem cantar,
No Santo António sê folgazão.
Lisboa vem para a rua dançar,
E comer sardinhas assadas no pão.


domingo, 7 de junho de 2009

CONCURSO: Continua a história...

Continua a história apresentada, escrevendo o desenvolvimento e a conclusão. Podes enviá-la por mail para a tua professora ou entregá-la pessoalmente, com a tua identificação. Haverá prémios para os três textos mais originais!

A cegueira do príncipe

Veio esta história de longe, da Índia, que é terra fértil em histórias de encantar.
Aí se conta de um príncipe, filho do poderoso marajá (que era um rei da Índia, de antigamente), aí se fala de um príncipe cego. Inexplicável doença roubara-lhe a luz dos olhos e nenhum sábio ou médico dos mais eminentes conseguia atinar com a cura do seu mal. O rei (o marajá) só vivia para o seu desgosto e toda a corte mergulhara, também, em grande tristeza.
Mas, um dia, apresentou-se no palácio um peregrino que disse:
- Sei do remédio que cura o príncipe.
O marajá chamou-o logo à sua presença:
- Diz-me o que precisas para livrar o meu filho da cegueira, que tudo se fará como tu ordenares.
- Preciso apenas de uma taça de cristal - respondeu o peregrino - e que Vossa Majestade me acompanhe numa viagem, através do reino...








Quadras de S. João



Na noite de S. João,
Quero saltar a fogueira,
Quero voar num balão
E voltar à Ribeira!


Ana Sofia Matos Silva


Na noite de S. João
Há sardinhas assadas,
Nós lançamos um balão
E levamos marteladas!


Bruno Jorge Cancela


O S. João está a chegar,
Quero lançar um balão,
Os foguetes atirar
E dançar até mais não!


João Pedro Santos


Ai meu rico S. João,
Vou aqui c’um manjerico,
Empresta-me um balão,
Pra dançar no bailarico!


Cassandra Andrade


Comigo vem à rua,
Ó meu rico S. João,
Que esta noite linda é tua,
E traz-me cá um balão!


Rute Ramos

S. João, seu brincalhão,
Anda comer sardinhas,
Anda brincar c’um balão,
Vem dançar com as meninas.

Cláudia Moreira


- Ó meu rico S. João,
Que tens tu para me dar?
- Tenho um rico balão
Para contigo bailar!


Ana Rita Norinho


Na noite de S. João
Vai toda a gente pra rua,
Há tanta diversão,
Há foguetes até à lua!

Inês Cunha


Ó meu rico S. João,
Anda dançar pra rua,
Anda lançar um balão,
Porque esta noite é tua!

António Luís






quinta-feira, 4 de junho de 2009

Livros digitais! Sempre a ler!

Clica no título e terás acesso a uma espantosa colecção que te vai surpreender e divertir!

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Poema sobre os direitos da criança

A criança,
Toda a criança,
Tem direito…

…A ser para o homem a
Razão primeira da sua luta.

E a criança nasce
E deve ter um nome

… A criança deverá receber
Amor,
Alimentação
Casa,
Cuidados médicos,
O amor sereno de mãe e pai.
Deverá rir,
Brincar,
Crescer,
Aprender a ser feliz…

…Mas há crianças que nascem diferentes
E tudo devemos fazer para que isto não aconteça.
Vamos dar a essas crianças um amor maior ainda.

Todos serão a sua família.
Nunca mais haverá uma criança só
Infância nunca será solidão.

E a criança vai aprender a crescer.
E vamos ajudá-la a descobrir-se a si própria
E aos outros.
Vai aprender a fraternidade,
E a fazer fraternidade
Isto chama-se educar:
Saber isto é aprender a ensinar.

Em situação de perigo
A criança, mais do que nunca,
Está sempre em primeiro lugar…
Será o sol que não se apaga
Com o nosso medo,
Com a nossa indiferença:
A criança apaga, por si só,
Medo e indiferença das nossas frontes…

A criança é um mundo
Precioso
Raro
Que ninguém a roube,
A negoceie,
A explore
Sob qualquer pretexto.
Que ninguém se aproveite
Do trabalho da criança
Para seu próprio proveito.
São livres e frágeis as suas mãos,

A criança deve ser respeitada
Em suma,
Na dignidade do seu nascer,
Do seu crescer,
Sado seu viver.
Quem amar verdadeiramente a criança
Não poder
Á deixar de ser fraterno:
Uma criança não conhece fronteiras,
Nem raças
Nem classes sociais:
Ela é o sinal mais vivo do amor,
Embora, por vezes, nos possa parecer cruel.
Frágil e forte, ao mesmo tempo,
Ela é sempre a mão da própria vida
Que se nos estende, nos segura
E nos diz:
Sê digno de viver!
Olha em frente!


Matilde Rosa Araújo